Quem parece que “não levou para o coração” as tensões do período eleitoral foi o prefeito eleito de Sorriso, Alei Fernandes, e seu vice, Acacio Ambrosini. Movimentos nos bastidores mostram que aliados do candidato derrotado Damiani já estão se reaproximando do novo grupo político, buscando espaço para atuar na gestão 2025-2028, que começa oficialmente em 1 de janeiro de 2025.

Em grupos de WhatsApp, circulam prints que revelam essa movimentação. Um dos participantes chegou a brincar: “Parece que o homem eleito fez 80% dos votos, de tanta gente que agora fala que votou nele.”

Entre os prints, um chama atenção: é da futura secretária de Educação, Adriana Esther, que, durante a campanha eleitoral, comentou em uma publicação de Damiani: “Isso mesmo, Damiani, vamos lutar pela democracia. Acreditamos em você e na proposta defendida” (link da postagem). Adriana é reconhecida por sua atuação como professora em diversas escolas do município e por ter integrado a gestão municipal de 2013 a 2017. Agora, ela se prepara para liderar a pasta de Educação no governo de Alei.

A movimentação não para por aí. Outro destaque dos bastidores é um ex-candidato a vereador, que também apoiou Damiani nas eleições, mas foi visto no evento de diplomação já atuando como assessor de Acacio Ambrosini. Em outro print, o assessor Dan Loth, que durante a campanha elogiava Damiani, afirma: “Um projeto sério e responsável” (link da postagem).

Essa reaproximação reflete o estilo conciliador de Alei Fernandes, que parece ter absorvido a postura de união pregada pelo atual prefeito, Ari Lafin (PSDB). Apoiador decisivo na vitória de Alei, Ari deixa como legado um discurso voltado à construção coletiva, algo que marcou sua gestão.

Alei, que venceu as eleições com 25.255 votos (51,33% dos votos válidos), assume com a promessa de manter o ritmo de crescimento do município e de unir forças para Sorriso seguir avançando. A transição política e as movimentações de bastidores têm sido acompanhadas de perto pelos internautas, que aguardam a posse oficial para entender como será a composição do novo governo e se esse clima de reconciliação irá se consolidar.

Pelo jeito, vai ter gente procurando os comentários para começar a deletar. Mas um dos integrantes do grupo já brincou: “Já tenho o print de muita gente que mudou a postura depois do dia 6 de outubro.”