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PF deflagra operação contra crimes eleitorais cometidos durante pleito de 2024 em Cuiabá
A Polícia Federal deflagrou nesta quinta-feira (5) a Operação Rescaldo, com o objetivo de apurar crimes eleitorais supostamente cometidos pelo vereador afastado de Cuiabá, Chico 2000 (PL), durante as eleições de 2024. A ação ocorreu simultaneamente nos municípios de Várzea Grande e Cuiabá.
Os policiais federais cumpriram dois mandados de busca e apreensão expedidos pelo Juízo das Garantias do Núcleo I do Tribunal Regional Eleitoral de Mato Grosso. A investigação teve início a partir da apresentação de uma notícia-crime no plantão da PF.
Segundo as apurações, Chico 2000 teria abordado eleitores ligados a outro candidato do próprio partido e oferecido vantagens indevidas em troca de apoio político. O nome do suposto beneficiado ainda não foi divulgado.
De acordo com a Polícia Federal, os mandados têm caráter cautelar e buscam reunir provas que colaborem com o avanço da investigação. Caso as suspeitas se confirmem, o vereador poderá responder pelos crimes de compra de votos e difamação eleitoral, que preveem penas de até cinco anos de reclusão.
Envolvimento em outras investigações
Esta não é a primeira vez que Chico 2000 é alvo de operações policiais. No final de abril, ele foi investigado na Operação Perfídia, também da Polícia Federal, que apura o suposto recebimento de propina por parte de vereadores para favorecer uma empreiteira em votações no Legislativo municipal. Na ocasião, ele foi afastado do cargo junto com o vereador Sargento Joelson (PSB).
Mesmo afastado, o vereador teve decisão favorável da Justiça para continuar recebendo o salário integral de R$ 26 mil durante os seis meses de afastamento. Nesta semana, o Tribunal de Justiça de Mato Grosso negou o pedido de retorno imediato ao cargo, mantendo a suspensão de suas funções parlamentares.
A Operação Rescaldo reforça o cerco das autoridades contra suspeitas de corrupção eleitoral e uso indevido da máquina pública para influenciar o pleito municipal do ano passado.