Com derrotas em várias cidades importantes, a deputada estadual Janaina Riva (MDB) mantém viva a possibilidade de disputar uma vaga ao Senado nas eleições de 2026. Apesar do fraco desempenho do partido em municípios estratégicos como Várzea Grande, Rondonópolis, Primavera do Leste e Sorriso, a parlamentar reforça sua confiança no projeto e descarta qualquer chance de desistir da candidatura.

Depois de ter seu nome cogitado para a Câmara Federal, Janaina enfrenta um cenário desfavorável dentro do próprio partido. O MDB já tem dois nomes consolidados para a disputa, Emanoelzinho Pinheiro e o ex-prefeito de Sinop, Juarez Costa. Juarez, por sua vez, desponta como o grande nome do MDB devido à sua postura e respeito no meio político, além de ser apontado como possível próximo presidente estadual do partido. Atualmente, o MDB é presidido pelo ex-deputado federal Carlos Bezerra, que, devido à idade avançada, pode decidir não continuar à frente da legenda, complicando ainda mais as chances de Janaina buscar espaço na Câmara.

“Já existe no partido o entendimento de que é natural eu ser candidata majoritária, e minha preferência sempre foi pelo Senado. O MDB é 100% da base do Governo, mas não ocupamos secretarias. Temos autonomia para nossas decisões, sem romper com o compromisso que temos com a gestão estadual”, afirmou Janaina, rebatendo especulações levantadas pelo deputado estadual Dr. João (MDB).

Dr. João havia sugerido que Janaina poderia abrir mão da candidatura ao Senado para fortalecer alianças com outras legendas. Contudo, a deputada minimizou as críticas, destacando a relevância do MDB como a terceira maior força política de Mato Grosso, atrás apenas do PL e do União Brasil.

“O volume de grupo depende das alianças que serão feitas. O cenário de 2026 promete várias candidaturas tanto ao Governo quanto ao Senado, e isso cria oportunidades para articulações que podem fortalecer nosso projeto”, completou.

Mesmo diante dos desafios internos e das derrotas recentes, o MDB aposta na consolidação de alianças para reconfigurar sua força política. Além da disputa ao Senado, as articulações para o Governo do Estado também estão no horizonte, com a saída do governador Mauro Mendes (União Brasil), que encerra seu segundo mandato e não poderá concorrer à reeleição.