O bebê Anthony Miguel, de 1 ano e 7 meses, que ficou conhecido nacionalmente após ser resgatado por helicóptero durante as enchentes no Rio Grande do Sul, morreu na última terça-feira (6). Ele estava internado na UTI do Hospital Bruno Born, em Lajeado, e faleceu em decorrência de uma infecção generalizada. O sepultamento ocorreu nesta quinta-feira (8), no Cemitério Católico Particular de Cruzeiro do Sul.

Anthony se tornou símbolo de esperança em meio à maior tragédia climática da história do Rio Grande do Sul, registrada em maio de 2024. Com apenas cinco meses de vida na época, ele foi resgatado do telhado de uma casa alagada por militares do Exército Brasileiro no município de Cruzeiro do Sul, no Vale do Taquari. A imagem do salvamento, amplamente compartilhada nas redes sociais e veículos de imprensa, emocionou o país e se tornou um dos marcos da enchente histórica no RS.

De acordo com a declaração de óbito, a morte foi causada por sepse grave com choque séptico e broncopneumonia. A família não confirmou se a morte teve ligação direta com os efeitos das enchentes.

Nas redes sociais, a mãe do menino, Natasha Becker, informou no dia da morte que Anthony estava internado na UTI. “É uma infecção generalizada”, escreveu em publicação que gerou grande comoção.

O Comando Militar do Sul, responsável pela operação de resgate, lamentou o falecimento em nota oficial: “Neste momento de consternação e tristeza, o CMS se solidariza com os familiares e amigos pela inestimável perda”.

A tragédia climática no Rio Grande do Sul deixou 184 mortos, 25 desaparecidos e milhares de desabrigados, atingindo centenas de municípios, especialmente na Região Metropolitana e no Vale do Taquari.