Corpos de pintores desaparecidos são encontrados em rio; Polícia Civil aponta execução por traficantes no distrito de Entre Rios
Dois homens que estavam desaparecidos desde a última quinta-feira (10) foram encontrados mortos neste domingo (13), em locais distintos às margens de um rio no distrito de Entre Rios, pertencente ao município de Nova Ubiratã. As vítimas foram identificadas como Hugo Fernando Alves de Proença Almeida Zulim e José Aguinaldo Feijó Marcondes.
De acordo com a Polícia Civil, os dois homens atuavam como pintores e haviam sido contratados para realizar serviços de pintura em uma escola do distrito. No entanto, logo após chegarem ao local, ambos desapareceram, o que levou familiares e autoridades a iniciarem uma busca intensa.
As investigações iniciais indicam que os trabalhadores foram sequestrados e executados por traficantes locais, com quem teriam se desentendido. Os corpos foram encontrados em um rio da região — um deles próximo a uma ponte, ponto onde acredita-se que tenham sido jogados, e o outro já em território do município de Feliz Natal, levado pela correnteza.
O delegado Bruno França, que assumiu o caso devido às férias do delegado titular de Nova Ubiratã, explicou que a motivação do crime pode estar ligada ao envolvimento anterior das vítimas com o tráfico de drogas. “Dois rapazes que estavam a serviço da escola entraram em desentendimento com traficantes locais, que provavelmente eram seus fornecedores. Pouco tempo depois, desapareceram. Infelizmente, constatamos que haviam sido assassinados e desovados no rio”, afirmou.
Ainda segundo o delegado, os suspeitos do crime já foram identificados e estão foragidos. Um deles mantinha um ponto de venda de drogas no distrito de Entre Rios. Há também indícios de que a companheira de um dos suspeitos tenha participado do crime, prestando auxílio material e intelectual, o que, do ponto de vista jurídico, também a torna responsável pelas mortes.
As vítimas foram executadas com disparos de arma de fogo na região da cabeça. As investigações seguem em andamento, e a Polícia Civil trabalha para reunir provas que permitam a solicitação das prisões preventivas dos envolvidos.