Sargento da PM se torna réu em processo que apura tiro que arrancou olho de cidadão
Caso foi registrado em Alto Paraguai, em novembro do ano passado
O sargento da Polícia Militar, Roosevelt Ferreira da Silva, de 45 anos, se tornou réu no processo que apura a conduta do policial durante uma ocorrência de perturbação do sossego alheio. Na ocasião, o militar teria feito um disparo e acertado um dos olhos de Allisson Santiago de Arruda Leite e acertado. O sargento teria feito outro disparo que atingiu o braço de Bruno Ricardo de Souza.
A denúncia feita pelo Ministério Público Estadual (MPE) foi aceita pelo juiz Marcos Faleiros da Silva, da 11ª Vara Criminal Especializada Justiça Militar, em Cuiabá. O caso ocorreu em Alto Paraguai, a 219 km da capital, em novembro do ano passado.
De acordo com a denúncia, o sargento checava uma ocorrência sobre suposta perturbação do sossego alheio. Durante a situação, Roosevelt fez um disparo com uma espingarda calibre 12. O tiro acertou o olho de Allisson, que foi arrancado. O ferimento resultou em debilidade permanente e deformidade duradoura.
As investigações apontaram que Allisson estava com amigos em uma conveniência. Ele era proprietário de um veículo que estava com o som alto. Ao exigir a documentação, houve uma discussão.
Ainda de acordo com a denúncia, um amigo de Alisson, Bruno Ricardo, tentou defendê-lo e foi atingido no braço por outro disparo do policial. O tiro provocou lesão permanente no braço esquerdo de Bruno. Em relação a esse fato, o sargento vai responder pelo crime de lesão corporal de natureza leve.
Além de aceitar a denúncia, o juiz determinou a realização de audiência de instrução para o dia 7 de maio de 2020.