MPE aciona Justiça e pede indenização de R$ 189 mil a homem que tingiu cachoeira com corante azul
MPE apura acordo suspeito de R$ 7,9 milhões na gestão de Emanuel
Denúncia partiu do vereador Diego Guimarães; investigação é conduzida pelo promotor Mauro Zaque
O Ministério Público Estadual (MPE) instaurou um inquérito civil para apurar uma transação feita pela Prefeitura de Cuiabá, que pode ter causado um prejuízo de pouco mais de R$ 3,5 milhões aos cofres públicos.
A investigação foi oficializada na última quinta-feira (16) pelo promotor de Justiça Mauro Zaque de Jesus e é fruto de uma denúncia feita pelo vereador Diego Guimarães (Progressista), que faz oposição ao prefeito Emanuel Pinheiro (MDB).
Conforme a denúncia, as irregularidades envolvem o então procurador-geral do Município de Cuiabá, Luiz Antônio Possas de Carvalho, e a empresa Alfema Dois Mercantil Cirúrgica.
Segundo o vereador, o Município teria duas dívidas – que não estão detalhadas na portaria. A primeira delas no montante de R$ 739,8 mil e a segunda totalizando pouco mais de R$ 3,6 milhões.
Ocorre que a Procuradoria teria firmado um termo de acordo administrativo com a empresa Alfema, cujo pagamento soma mais de R$ 7,9 milhões.
“Considerando que o valor pago pelo Município, conforme Termo de Acordo Administrativo dos dois processos supracitados, realizado entre o então Procurador-Geral do Município de Cuiabá, Sr. Luiz Antonio Possas de Carvalho e a empresa Alfema Dois Mercantil Cirúrgica Ltda pode ter causado possível dilapidação aos cofres públicos no valor de R$ 3.550.034,72 [...] resolvo instaurar o presente inquérito civil”, determinou o promotor Mauro Zaque.
Ao oficializar a investigação, o promotor requereu que a empresa Alfema seja notificada e forneça ao MPE a planilha de cálculo em que se chegou ao valor que está sendo pago pelo Município.
Pediu também detalhes sobre o termo de cessão de crédito feita entre a Transportadora Crescente e a Alfema, relatando qual o tipo de contrato entre as empresas e qual o vínculo comercial ou jurídico que justifique a cessão.
Por fim, o promotor reiterou pedido feito anteriormente ao Tribunal de Contas do Estado (TCE-MT) para que instaure uma Toma de Contas Especial, de modo a apurar o pagamento realizado pelo Município à Alfema.