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Investigação da Polícia Civil desmantela facção paulista envolvida em furto de R$ 300 mil em Sorriso
O trabalho investigativo da Polícia Civil de Mato Grosso, por meio da Gerência de Combate ao Crime Organizado (GCCO) e da Delegacia de Sorriso, desmantelou uma facção criminosa oriunda do Estado de São Paulo, responsável pelo furto de R$ 300 mil em dinheiro de um terminal de autoatendimento em Sorriso.
As investigações apontaram que o Fiat Argo, de cor cinza, utilizado no crime, partiu de São Paulo com destino ao norte de Mato Grosso entre os dias 20 e 24 de agosto. A movimentação foi rastreada pelo Sistema Inteligente Completo para Centrais de Monitoramento, revelando que o veículo percorreu diversos municípios da região antes de retornar a São Paulo.
Um dos detalhes que chamou a atenção da equipe foi o trajeto no dia do furto: o automóvel passou por Sinop às 12h40, seguiu para Sorriso, onde o crime foi cometido às 16h20, e retornou a Sinop por volta das 17h50.
Imagens dos sistemas Vigia Mais MT e de Identificação de Veículos mostraram que o Fiat Argo permaneceu por um período nas proximidades da Prefeitura de Sorriso. Posteriormente, em Sinop, o carro ficou estacionado por dois dias em uma quitinete, onde os quatro envolvidos se hospedaram antes de retornar para São Paulo.
Plano arquitetado
O Fiat Argo utilizado no crime pertencia a uma empresa de locação de veículos e foi alugado por uma mulher na cidade de Mauá (SP).
O trajeto do carro, desde Mauá até Sorriso, foi monitorado por pedágios e sistemas de rodovias, constatando que os criminosos usaram um TAG veicular para burlar as paradas nas cancelas de cobrança. O extrato de uso da TAG também ajudou a mapear o deslocamento.
Em Sorriso, o grupo ficou hospedado em um hotel a partir do dia 21 de agosto, enquanto organizava os detalhes do furto.
Indícios e apurações
A partir do rastreamento do veículo, a Polícia Civil conseguiu identificar os suspeitos. No momento do crime, dois deles disfarçaram-se: um trajava capa de colete semelhante à de seguranças, enquanto o outro carregava uma maleta de ferramentas, simulando ser técnico de manutenção.
Buscando pistas, os investigadores percorreram diversos estabelecimentos comerciais em Sinop e localizaram a loja onde os criminosos compraram a maleta utilizada para transportar o dinheiro. Além disso, imagens de câmeras de segurança de agências bancárias de Sorriso e Sinop flagraram os suspeitos realizando depósitos no dia seguinte ao crime, 23 de agosto, em Sinop.
A investigação revelou a existência de uma organização criminosa estruturada, formada por pelo menos quatro integrantes:
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Líder e financiador: responsável por custear hospedagem, combustível, aquisição de ferramentas e locação do veículo.
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Técnico: especialista em violação de terminais de autoatendimento, responsável pela abertura rápida e sem danos ao equipamento.
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Falso segurança: deu suporte durante a execução do furto, simulando a proteção de uma manutenção.
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Olheiro: monitorou a movimentação externa no local do crime.
Segundo o delegado Sued Dias da Silva Junior, que preside o inquérito, a facção criminosa apresenta alto nível de sofisticação na prática de furtos a caixas eletrônicos, agindo com rapidez, discrição e com apoio de informações privilegiadas oriundas de profissionais ligados à segurança bancária.