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Fez tudo por mim: Namorada incentiva adolescente a matar os pais e irmão no RJ
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A Polícia Civil de Mato Grosso apreendeu, na noite de segunda-feira (30), uma adolescente de 15 anos suspeita de participação na chacina ocorrida em Itaperuna (RJ), em que um jovem de 14 anos matou os pais e o irmão mais novo. A apreensão foi realizada pela Delegacia de Água Boa, em apoio à 143ª Delegacia de Polícia de Itaperuna, que conduz a investigação do triplo homicídio registrado no dia 21 de junho.
Segundo o delegado Matheus Soares Augusto, titular da Delegacia de Água Boa, a adolescente mantinha um relacionamento virtual com o autor do crime há cerca de seis anos, iniciado por meio de jogos online. O casal trocava mensagens com frequência, e parte do conteúdo foi recuperado pela polícia durante a investigação.
“Ficou claro, pela análise das conversas, que o crime teve como principal motivação o desejo do adolescente de vir a Mato Grosso para viver com a namorada. Ele decidiu eliminar os pais e o irmão após a mãe ter negado essa viagem”, explicou o delegado.
As mensagens revelam que a jovem não apenas tinha conhecimento do plano, como também incentivou o namorado a cometer os assassinatos. Em um dos trechos, logo após o adolescente matar o pai, ele enviou um áudio dizendo: “Matei meu pai”. A adolescente respondeu: “Atira nela agora”, referindo-se à mãe dele.
O material analisado mostra ainda que, após o crime, os dois continuaram trocando mensagens românticas e até fazendo brincadeiras. Em uma delas, a jovem disse estar orgulhosa do namorado por ter cometido os assassinatos para ficar com ela, afirmando: “Nunca pensei que alguém faria isso por mim”. O casal também conversou sobre como esconder os corpos e, segundo a polícia, cogitava matar a mãe da garota em Mato Grosso, caso o encontro acontecesse.
O notebook da adolescente foi apreendido, e ela está detida na Delegacia de Água Boa, à disposição da Justiça. A mãe da jovem, inicialmente, se mostrou incrédula ao ser informada pela polícia, alegando que a filha é “exemplar, tira boas notas e sempre está sob sua supervisão”.
A investigação segue em curso com a troca de informações entre as autoridades dos dois estados.