Idosa de 68 anos sobrevive após ser atropelada por carreta em Mato Grosso
Clima e Chicago impulsionam alta de até 2,5% nos preços futuros do milho na B3
Os preços futuros do milho encerraram esta segunda-feira (13) em alta na Bolsa Brasileira (B3), com cotações variando entre R$ 72,23 e R$ 79,92 e valorização de até 2,5%. O movimento reflete fatores como a influência positiva da Bolsa de Chicago (CBOT) e preocupações com o clima na América do Sul.
De acordo com a consultoria Agrinvest, a CBOT segue aquecida após o relatório do USDA divulgado na última sexta-feira (10), que revisou para baixo os estoques finais e a produção de milho nos Estados Unidos. Esse cenário favorece a valorização do cereal no mercado global e impacta diretamente as cotações no Brasil.
Outro fator de pressão sobre os preços é a condição climática adversa. Chuvas intensas no Brasil central e na região do Matopiba atrasam a colheita da soja e, consequentemente, o plantio da safrinha de milho. Além disso, a seca e altas temperaturas na Argentina podem reduzir os rendimentos da safra 2024/25, intensificando a preocupação com os estoques globais.
No Brasil, os preços físicos do milho apresentaram poucas variações nesta segunda-feira, com desvalorização observada em Sorriso (MT) e leve valorização em Palma Sola (SC) e Brasília (DF). Segundo a Safras & Mercado, o mercado interno começa a semana firme, impulsionado pelas altas nos portos e a expectativa de exportações mais robustas.
O consultor Paulo Molinari destacou o impacto do relatório do USDA sobre as negociações. No Porto de Rio Grande, os preços alcançaram R$ 80,00 a saca para embarques em fevereiro, sustentando as cotações internas mesmo com o avanço da colheita no país.
A exportação de milho também tem boas perspectivas para 2025, com a esperança de maior participação da China. “Em 2023, o país importou mais de 16 milhões de toneladas de milho brasileiro. Se a China retomar essas compras em 2025, os embarques podem ganhar força novamente”, afirmou Raphael Bulascoschi, analista da StoneX.
Na B3, os contratos para março/25 fecharam a R$ 79,92 (+2,53%), maio/25 a R$ 76,88 (+1,96%), e julho/25 a R$ 72,23 (+0,96%).
Já na Bolsa de Chicago, os futuros do milho atingiram os maiores níveis em um ano, com ganhos de até 1,7%. O contrato março/25 fechou a US$ 4,76 (+1,28%), impulsionado pela revisão de estoques do USDA e o apoio do trigo e petróleo em meio às tensões geopolíticas no Mar Negro.
Segundo a Secretaria de Comércio Exterior (Secex), o Brasil embarcou 1,32 milhão de toneladas de milho nos primeiros sete dias úteis de janeiro, uma queda de 14,7% na média diária em relação ao mesmo mês de 2024. Contudo, analistas mantêm uma visão otimista para o restante do ano, com a expectativa de recuperação no volume exportado.