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Estudante de Odontologia confessa que matou ex por ciúme
Assassinato aconteceu em Araputanga
O estudante de Odontologia Giovani Eduardo Aniceto de Araújo, de 24 anos, confessou ter assassinado a ex-namorada Dennila Cris Dantas Barbosa, de 19 anos.
Durante o depoimento, prestado na tarde de quinta-feira (17), em Araputanga (a 338 quilômetros de Cuiabá), Giovani alegou que a matou porque ficou "cego" de ciúmes.
Os dois mantiveram por alguns meses um relacionamento à distância. Segundo a mãe da vítima, a jovem chegou a ir até Fortaleza, cidade onde o então namorado morava, para visitá-lo. Entretanto, recentemente Dennila terminou o relacionamento.
Ainda conforme a mãe, a jovem não nutria mais sentimentos pelo rapaz, que a sufocava com cenas de ciúme. Após o término, a vítima havia começado outro relacionamento.
Giovane alegou que foi até o município em que a jovem morava para conversar e entender o motivo do rompimento. Apesar de ter chegado na cidade na segunda-feira (14), ele procurou a vítima, que não sabia que ele estava na cidade, apenas na quarta (16) - dia em que o crime foi cometido.
Os dois teriam conversado normalmente e jogado videogame. Em determinado momento, a vítima foi ao banheiro e, aproveitando a ausência da ex, Giovane olhou as conversas dela com o então namorado, que ele chama no depoimento de “amigo”.
Quando ela voltou do banheiro, sem dizer nada, ele se posicionou atrás da jovem e a golpeou no pescoço, os cortes foram bastante profundos.
“Fria e impiedosamente a subjugou a um ritual de facadas contra o pescoço”, diz um trecho do documento de representação contra o estudante.
A faca utilizada no crime foi comprada assim que ele chegou na cidade. Segundo o estudante, a carregava, como de costume, para defesa pessoal.
Após o crime ele foi até o banheiro para se lavar e deixou a residência ainda com sangue nas vestes e no próprio corpo. Ele levou consigo o notebook da vítima, para que pudesse continuar lendo suas mensagens.
Simulação de suicídio
Após cometer o crime, conforme a Polícia Civil, Giovane tentou forjar uma cena de suicídio. A vítima foi encontrada morta, com cortes no pescoço e no pulso direito. Na mão direita, o suspeito deixou a faca utilizada no crime.
No computador da vítima foi encontrada uma espécie de “carta” como se ela estivesse se despedindo, indicando o suicídio.
Entretanto, os indícios de assassinato eram mais fortes. Além da profundidade dos cortes não condizerem com um suicídio, outros pertences da vítima, além do notebook, foram levados do local.
O crime foi representado como homicídio qualificado (feminicídio) por motivo fútil e emprego de meio cruel, recurso que impossibilitou a defesa da vítima.