Defensoria de Sorriso debate quarentena coletiva obrigatória com autoridades locais
Reunião descartou a possibilidade de aplicabilidade de lockdown
Na tarde desta terça-feira, autoridades de Sorriso e representantes da Defensoria Púbica se reuniram para discutir a possibilidade de aplicabilidade da quarentena coletiva no município, uma vez que Sorriso está classificada com alto risco de contaminação de coronavírus, conforme dados do Governo do Estado.
O presidente da Câmara de Dirigentes Lojistas (CDL), Paulo Silvestro, foi um dos participantes da reunião. “Tivemos a opinião dos dois defensores no sentido de que há em construção, sim, coletivamente, a cada passo todas as ações do município envolvendo todas as entidades, o poder público, promotoria, defensoria e juízes. Ficou definido que haverá, sim, mais restrições porque existem aglomerações que estão levando a uma contaminação. O poder público através de um lei aprovada ontem na Câmara vai intensificar as fiscalizações destes pontos para que de fato tenhamos uma redução de internação e de ocupações de leitos nas UTI’s”, frisou.
Segundo o defensor público Ubirajara Vicente Luca, o lockdown não foi cogitado pelos defensores do estado desde o início da ação conjunta. Segundo ele, a troca de informações durante a reunião de ontem servirá para reavaliar a possibilidade da quarentena coletiva obrigatória.
“Uma quarentena permitindo apenas o exercício das atividades essenciais, e o cidadão podendo sair de sua casa apenas para se deslocar a essas atividades essenciais. Seria esse o pedido que esse grupo de atuação dos defensores estava avaliando. Não cogitávamos um lockdown com fechamento e isolamento de estradas. Não nesses termos porque já verificamos que seria mais nefasto do que a própria doença”.
O prefeito de Sorriso, Ari Lafin, frisou que é contrário ao lockdown no município. “Não só eu, mas como eu tenho conversando com demais prefeitos de toda a região. O assunto de quinta-feira, quando prefeitos que integram o Consórcio Intermunicipal Vale do Teles Pires se reunirem, será isso. O comércio e a indústria e tantas outras entidades que estão nos ajudando não podem pagar o preço. A saúde é a prioridade sem sobras de dúvidas, mas a economia precisa ser mantida também”.