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500kg de cocaína são apreendidos em avião ligado a lobista de MT
Apreensão ocorreu no aeroporto Internacional de Salvador
A Polícia Federal apreendeu cerca de 500kg de cocaína no avião de uma empresa ligada ao lobista Rawles Magalhães Pereira da Silva. A apreensão foi realizada na última terça-feira (09), no Aeroporto Internacional de Salvador (BA).
Conhecido por sua atuação na escolha do Veículo Leve sobre Trilhos (VLT) em Mato Grosso, o lobista tem firmado contrato de promessa de compra e venda da empresa responsável pela aeronave.
Informações da Polícia Federal apontam que a droga foi encontrada após o piloto da aeronave emitir alerta de pane durante o voo. Dessa forma, durante checagem para manutenção, um grupo de mecânicos localizou os entorpecentes - que tinham a Europa como endereço final.
Após a localização de parte das drogas, uma equipe de peritos foi acionada juntamente com cães farejadores e mais esconderijos foram encontrados com o restante da cocaína.
Com a localização do entorpecente, toda a droga e os tripulantes da aeronave foram encaminhados para a Superintendência Regional da Polícia Federal.
"As investigações prosseguirão para identificação dos responsáveis pela carga ilícita, que poderão responder pelos crimes de tráfico internacional de drogas e associação para o tráfico, previstos nos artigos 33 e 35 da Lei nº 11.343/2006, cujas penas, somadas, podem chegar a 25 anos de reclusão", apontou a polícia.
Ao portal GD, o advogado Ricardo Monteiro, que patrocina a defesa de Rawles Magalhães, destacou que seu cliente não é dono da empresa e, assim, não guarda qualquer tipo de responsabilidade sobre a droga encontrada.
"Importante destacar que, além do senhor Rowles Magalhães não ser responsável pela gestão, administração ou plano de voo, o avião estava contratualmente fretado para outra empresa", frisou a defesa. A resposta completa está disponível no rodapé da matéria.
Conforme divulgado anteriormente pela reportagem, além de ser um dos responsáveis pela adesão do VLT em Mato Grosso, Rowles Magalhães também é reconhecido por denunciar recebimento de propina de R$ 80 milhões referente ao modal.
Confira a resposta completa da defesa do lobista:
"Sobre a apreensão de entorpecentes em uma aeronave no Aeroporto Internacional de Salvador-BA, esclarecemos que o senhor Rowles Magalhães Pereira da Silva não é proprietário da empresa a qual pertence a aeronave, mas apenas promitente comprador desta, uma vez que firmou apenas um contrato de promessa de compra e venda da empresa.
Desta forma, o senhor Rowles Magalhães não é responsável pela gestão, tampouco pela administração da empresa, não podendo praticar qualquer ato.
No que se refere ao plano de voo, é obrigação do operador da aeronave, segundo Instrução do Comando da Aeronáutica, o que também não é de responsabilidade do senhor Rowles Magalhães.
Importante destacar que, além do senhor Rowles Magalhães não ser responsável pela gestão, administração ou plano de voo, o avião estava contratualmente fretado para outra empresa.
Quanto às investigações, a tripulação foi ouvida na Superintendência da Polícia Federal da Bahia-BA e liberada em seguida."