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Monitoramento reforça presença de povos indígenas isolados em Rondônia e Mato Grosso
A Fundação Nacional dos Povos Indígenas (Funai) divulgou registros inéditos de povos indígenas isolados obtidos durante expedições realizadas em 2024. As imagens foram capturadas na Terra Indígena (TI) Massaco, em Rondônia, e as atividades de monitoramento confirmaram a presença de povos isolados na TI Kawahiva do Rio Pardo, em Mato Grosso.
Segundo a Funai, o objetivo das divulgações é destacar a importância de proteger os territórios ocupados por esses grupos contra invasões e outras ameaças que comprometem sua sobrevivência. A proteção é conduzida por meio de monitoramento contínuo, sobrevoos e presença permanente em Bases de Proteção Etnoambiental (Bapes), estruturas que garantem vigilância e prevenção de atividades ilegais.
Na TI Massaco, localizada nos municípios de Alta Floresta D’Oeste e São Francisco do Guaporé, equipes registraram vestígios como armadilhas e abrigos temporários, indicativos do aumento demográfico do grupo. A coordenadora da Frente de Proteção Etnoambiental Guaporé, Altair Algayer, relatou que os indígenas têm se aproximado dos limites do território em busca de recursos naturais, o que os expõe a possíveis contatos com não indígenas.
Já na TI Kawahiva do Rio Pardo, situada em Colniza (MT), o monitoramento identificou vestígios de ocupação indígena, como pegadas e abrigos abandonados, e reforçou a necessidade de demarcação do território, que segue judicializada. A equipe também encontrou sinais de pressão externa, como acampamentos de possíveis invasores. Ferramentas como facões e machados foram deixadas em pontos estratégicos para evitar que os indígenas procurem utensílios em áreas ocupadas por não indígenas, minimizando riscos de contato.
Os sertanistas responsáveis destacaram a importância de ações estratégicas e sensíveis que respeitem o isolamento voluntário desses povos, protegendo sua autonomia e garantindo que políticas públicas sejam baseadas em monitoramento qualificado, mas com o mínimo de invasividade.
A Funai reforça que a proteção desses territórios é essencial para a preservação cultural e física dos povos indígenas isolados, que dependem exclusivamente da integridade de seus ambientes para sobreviver.