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“Isso pra mim é terrorismo”, diz Mauro Mendes após governo Lula rejeitar proposta dos EUA para classificar facções como grupos terroristas
O governador de Mato Grosso, Mauro Mendes (União Brasil), criticou duramente a decisão do governo federal de rejeitar a proposta dos Estados Unidos para que as facções criminosas brasileiras Primeiro Comando da Capital (PCC) e Comando Vermelho (CV) fossem classificadas como organizações terroristas.
“Isso pra mim é terrorismo. Essas facções matam, cortam cabeça, arrancam corações, fazem verdadeiras atrocidades. Praticam o terror e mesmo assim o governo brasileiro se negou a reconhecê-las como terroristas, apegando-se a uma lei ultrapassada. Nosso Código Penal é de 1940”, declarou Mendes. O governador também fez um apelo ao Congresso Nacional: “Pelo amor de Deus, vamos mudar essa lei e endurecer com esses criminosos”.
A declaração foi dada após a reunião desta terça-feira (6), em Brasília, entre autoridades brasileiras e uma comitiva americana liderada por David Gamble, chefe interino da coordenação de sanções do Departamento de Estado dos EUA. Segundo os americanos, o FBI já identificou presença de membros do PCC e do Comando Vermelho em ao menos 12 estados dos Estados Unidos, incluindo Nova York, Flórida e Nova Jersey. Eles argumentam que a designação como terroristas permitiria a aplicação de sanções mais severas, com base na legislação antiterrorismo dos EUA.
Apesar da pressão da comitiva, o governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) recusou a proposta, alegando que a legislação brasileira possui critérios específicos que não enquadram facções criminosas como organizações terroristas.
Mauro Mendes, que tem defendido políticas mais rígidas de combate ao crime organizado em Mato Grosso, voltou a cobrar ações firmes do Congresso. “Com a palavra, os nossos senadores e deputados federais. As facções estão estorquindo, matando e traficando impunemente. O povo brasileiro não aguenta mais viver com esse terror diário”, concluiu.