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Deputado Fábio Tardin nega envolvimento em esquema investigado pela Operação Suserano
A assessoria do deputado estadual Fábio Tardin (PSB) procurou a redação do Portal Sorriso para esclarecer a citação de seu nome na Operação Suserano, conduzida pela Delegacia Especializada de Combate à Corrupção (Deccor), da Polícia Civil de Mato Grosso. A investigação apura o possível desvio de emendas parlamentares destinadas à compra de kits agrícolas por meio do Instituto ProNatur.
Em nota oficial, o parlamentar afirma que não destinou recursos ao instituto e nega qualquer envolvimento com os fatos que motivaram a operação. Confira a íntegra da manifestação:
Nota de Esclarecimento
O deputado estadual Fábio Tardin esclarece que não destinou emendas parlamentares ao Instituto ProNatur e não possui qualquer envolvimento com os fatos que motivaram a Operação Suserano.
O presente esclarecimento tem como objetivo restabelecer a verdade e evitar interpretações equivocadas.
A Operação Suserano foi iniciada em setembro de 2023 e apura a destinação de emendas parlamentares por meio de 24 termos de fomento firmados com a Secretaria de Agricultura Familiar (Seaf). Segundo a Polícia Civil, o desvio pode ter gerado prejuízo de R$ 28 milhões aos cofres públicos, com sobrepreço de R$ 10,2 milhões na compra de equipamentos como roçadeiras, motocultivadores, perfuradores de solo e adubadeiras.
O inquérito aponta que o empresário Alessandro do Nascimento seria sócio oculto de empresas beneficiadas pelo esquema. Em agendas apreendidas, a polícia encontrou anotações com nomes de políticos, como “500k Nininho” e “1m Botelho”.
Além de Fábio Tardin, outros 14 parlamentares foram citados, bem como o prefeito de Rondonópolis, Cláudio Ferreira (PL), e o secretário estadual Allan Kardec (PSB). A Polícia Civil já solicitou o envio do inquérito à Polícia Federal, uma vez que os recursos envolvidos são federais.
Defesa dos citados
Diversos dos citados na operação apresentaram suas versões dos fatos:
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José Eduardo Botelho, Thiago Silva, Dilmar Dal Bosco, Dr. Eugênio e outros afirmam ter cumprido a legislação eleitoral e negam participação em entregas durante período vedado.
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Cláudio Ferreira, atual prefeito de Rondonópolis, declara que a destinação da emenda seguiu critérios legais e nega finalidade eleitoral.
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Allan Kardec afirma que não foi notificado sobre a investigação e defende a lisura de sua atuação.
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Julio Campos contesta a inclusão de seu nome na operação e informa que tomará medidas legais contra o uso indevido de sua imagem.
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Carlos Avallone afirma que sempre agiu com transparência e que os kits foram entregues com devida prestação de contas.
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Gilberto Cattani nega qualquer envolvimento com irregularidades.
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João José declara que todas as emendas foram indicadas com seriedade e transparência.
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Faissal Calil gravou um vídeo em que também nega as acusações e defende sua atuação como parlamentar.
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O empresário Alessandro do Nascimento, apontado como operador do esquema, afirma que não foi indiciado ou ouvido, e que sua empresa não mantém contratos com o Estado.
A apuração segue em andamento e poderá ser federalizada, caso a Polícia Federal aceite a remessa do inquérito solicitada pela Deccor.