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13 deputados garantem que votaram a favor dos inativos
Por 12 votos a 11, os parlamentares mantiveram o veto do governo do Estado
Menos de 24 horas após a votação que manteve a cobrança previdenciária de 14% sobre os aposentados em Mato Grosso, uma ‘recontagem’ feita com votos declarados por deputados estaduais apontaria para um resultado inverso do que foi registrado em plenário. Por 12 votos a 11, os parlamentares mantiveram o veto do governo do Estado ao projeto de lei que pretendia isentar os inativos do desconto previdenciário.
Ocorre que, no dia seguinte à votação, 13 deputados declararam publicamente votos contra o governo e favoráveis aos aposentados (confira no quadro ao lado). Como em qualquer filme de conspiração, a quinta-feira foi tensa entre os parlamentares, pois cada um queria descobrir se o colega votou ou não para derrubar o veto ao PLC 36/2020 que acabava com alíquota de 14% cobrada de aposentados que recebem a partir de R$ 3 mil.
O texto, de autoria do deputado Lúdio Cabral (PT), corrigia a reforma da previdência aprovada pelo governo, que criou a alíquota. O veto do governo ao projeto de Lúdio foi mantido, em votação secreta, quando 12 deputados votaram para manter o veto e 11 deputados votaram para derrubar.
Um levantamento feito pelo jornal A Gazeta mostra, porém, que pelo menos dois deputados estão faltando com a verdade sobre a forma como votaram na votação sigilosa. Isto porque 13 deputados afirmaram, em suas redes sociais ou em entrevista ao jornal, que não votaram a favor do governo e que seus votos foram para derrubar o voto.
Declaram ter votado contra o veto e a favor dos aposentados os parlamentares: Lúdio Cabral (PT), Janaina Riva (MDB), Delegado Claudinei (PSL), Silvio Fávero (PSL), Valdir Barranco (PT), Elizeu Nascimento (DC), Faissal Calil (PV), Allan Kardec (PDT), Paulo Araújo (PP), Ulysses Moraes (DC), João Batista do Sindspen (Pros), Thiago Silva (MDB) e Wilson Santos (PSDB).
Àvido por respostas sobre a votação, o servidor público afetado pela decisão dos parlamentares esbarrou na sigilosidade da votação. Ainda assim, choveram listas pelas mídias sociais de quem havia votado contra e quem havia votado a favor. Por conta disso, a confusão sobre o resultado aumentou e, nos bastidores da Assembleia, a tensão lembrou mesmo a tensão de um banguebangue, principalmente no grupo de mensagens por celular dos deputados, onde teve bate-boca, acusações mútuas de inconfidencialidade e tentativas frustradas de descobrir o voto um do outro.