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Transexual que fez performance na Parada Gay registra boletim de ocorrência por agressão
Transexual 'crucificada' foi agredida em São Paulo
Viviany Beleboni decidiu registrar boletim de ocorrência na delegacia após ser agredida perto de sua casa, em São Paulo. A modelo e atriz, que ficou conhecida como a transexual que fez uma performance na Parada Gay deste ano - quando desfilou em um trio elétrico pregada em uma cruz -, vinha sofrendo ameaças e evitava sair de casa sozinha.
"Eu já estava tão bem, já fazia quase três meses da parada. Eu estava me recuperando, pois tive Síndrome do Pânico. Mas já estava ficando bem, as pessoas estavam se esquecendo de mim, parando de me xingar no Facebook e no Instagram. Pensei que ia poder sair de novo, voltar para a academia. O que fiz na parada foi para mostrar o que acontece com as transexuais, gays e nordestinos todos os dias. Somos crucificados e agora estou sendo perseguida. Eles veem em dois ou três para pegar a gente, que é para não ter como se defender", conta ela, que está sendo acusada nas redes sociais de forjar a agressão.
"Eu jamais teria por que mentir, só eu sei a dor que estou sentindo no meu braço. Não fiz boletim de ocorrência porque tenho medo. Agora, depois de tudo isso, ainda tenho de ir lá registrar o boletim e fazer o exame de corpo de delito", justifica.
Viviany não queria registar a queixa por medo, já que foi atacada perto de casa. "As pessoas só me xingam, me denigrem, não aguento mais. Me escrevem dizendo que eu tinha de ter sido mais do que cortada. As pessoas acham que sou o quê? Um demônio? Eu tenho sentimentos", diz ela, em meio a uma crise de choro enquanto falava com a reportagem por telefone.