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Sorriso: escavações e buscas em terreno tentam encontrar restos mortais da menina Sara
Criança tinha cinco anos quando, ao sair para brincar, foi estuprada e morta
O delegado André Ribeiro, que comanda as investigações sobre a morte da garota Sara Vitória Fogaça Paim – que desapareceu há dez anos depois de sair para brincar com outras crianças próximas ao estádio da cidade –, investigadores e membros da Perícia Oficial e Identificação Técnica (Politec) acompanham as escavações e buscas em um terreno de Sorriso, no bairro Flor do Cerrado, para tentar localizar os restos mortais da vítima.
Uma retroescavadeira está sendo utilizada. A equipe de investigação da Divisão de Homicídios e Proteção à Pessoa, formada pelos investigadores José Carlos, Márcio Coutinho e Willian Krismann e o escivão 'ad hoc' Jean Amaral, não deixou de atuar para desvendar o desaparecimento da garota mesmo 10 anos após o crime. “Só temos que agradecer a tudo e que Deus nos ajude para dar um fim a este caso com toda a materialidade”, frisou Zé Carlos.
Conforme o Portal Sorriso noticiou, foi preso o principal suspeito de estuprar, matar e enterrar a menina, que na época tinha apenas 5 anos de idade. A detenção de Antônio Ramos Escobar, 58 anos, ocorreu após representação da Polícia Civil pela prisão temporária, que foi deferida pela Comarca da Justiça local.
O homem, que na época do crime tinha 48 anos, confessou a morte da criança e deu informações, com detalhes, de como ocorreu o crime e onde teria enterrado o corpo de Sara Vitória.
Após o interrogatório na delegacia, os policiais levaram o suspeito até o local onde ele teria enterrado o corpo da criança, que fica em uma rua onde há várias edificações, sendo apenas esse lote o único sem construção.
A polícia solicitou do proprietário da área informações sobre obras de limpeza no local, uma vez que já se passaram 10 anos e a terra pode ter sido removida. “Vamos tentar encontrar e entregar à família os restos mortais da criança. Foi um trabalho brilhante de nossos policiais e damos uma resposta à sociedade”, frisou o delegado André Ribeiro, que encaminhou à Justiça a representação pela conversão da prisão temporária em prisão preventiva.
O suspeito será indiciado pelos crimes de homicídio qualificado (por asfixia), estupro de vulnerável e ocultação de cadáver, com penas que somadas chegam a 48 anos de reclusão. Ele foi encaminhado ao Centro de Ressocialização de Sorriso (CRS).
Vítima morta por asfixia
Conforme informou durante o interrogatório, o suspeito trabalhava como pedreiro em uma construção, próxima ao estádio municipal de Sorriso onde diversas crianças brincavam diariamente.
Na tarde do dia 1º de junho de 2010, por volta das 16h, a garota passava pela rua indo para casa, quando então o suspeito ofereceu carona de bicicleta à vítima e teria chamado a criança para seguir com ele até a construção onde trabalhava. No local, ele praticou o estupro e depois matou a vítima por asfixia.
Após estrangular a menina, que chorava, ele colocou o corpo em um saco de estopa e enterrou em um terreno baldio. Conforme o delegado André Ribeiro, o suspeito disse que ‘tirou um peso das costas’ ao confessar o crime.
Depois de cometer o crime, o suspeito saiu da cidade e fugiu para Mato Grosso do Sul, estado onde morou até poucas semanas atrás, quando então retornou a Sorriso. Na época do crime, a esposa do suspeito registrou um boletim de ocorrência pelo desaparecimento do marido.
Sobre a prisão
A Polícia Civil recebeu uma informação de que o suspeito pelo crime estaria em Sorriso. Após checagem de diversas informações, o delegado André Eduardo Ribeiro representou pela prisão temporária, deferida pela 1ª Vara Criminal de Sorriso.
Uma testemunha fundamental para esclarecer o crime foi ouvida pela Polícia Civil, após a prisão do suspeito. “Era uma testemunha-chave, que precisava do suspeito estar preso, para que não pudesse interferir na investigação”.
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