Avança a obra de revitalização do Parque Ecológico Claudino Frâncio
Sorrisenses são brindados com exposição 'Trajetória' do artista plástico Adriano Figueiredo
Moradores de Sorriso podem ter experiência única ao conferir mais de 20 obras
Sorrisenses estão sendo brindados, desde ontem, com uma exposição histórica que contém mais de 20 obras do artista plástico cuiabano Adriano Figueiredo, que novamente dá voz à beleza do Pantanal, e também às dores provenientes do cenário de queimadas em 2020. No Arboreto Eco Ville é possível, até domingo (25), ter uma experiência única e conferir um resumo de 10 anos de atuação do artista de olhar sensível e peculiar com a exposição "Trajetória".
Figueiredo trouxe à Capital do Agronegócio um olhar artístico da relevância do importante bioma que continua precisando de visibilidade. Além de retratar o cenário devastador que afligiu o Pantanal, ele também faz contemplar o "respirar" do local após o fim das queimadas.
"Recebi o convite da Colonizadora Feliz para criar uma obra que simbolizasse o projeto deles. Fiz uma pesquisa e criei essa obra. Com a repercussão positiva, quis dar mais um passo: trazer uma exposição para Sorriso. A partir da primeira obra, me inspirei nela para criar cinco obras exclusivas para trazer a Sorriso a fauna e flora e valorizando os nossos símbolos. Quis trazer trajetória, um pouco dos meus 10 anos de arte. É um resumo das minhas fases”, frisou.
Obras importantes do artista, que passaram por exposições na Europa e nos Estados Unidos, também integram a exposição “Trajetória”, preparada especialmente para brindar Sorriso.
Em entrevista à TV Sorriso (Record TV), o artista, de renome nacional e internacional, diz que sua referência é o divino. “Eu me inspiro sempre na criação do nosso maior criador. Utilizo das curvas e através delas eu conto as minhas histórias. O que se vê em comum são as curvas e as cores, para mostrar o nosso calor para que as pessoas sintam um pouco do que é viver em Mato Grosso, essa luz que a gente tem o tempo todo. O assunto é Mato Grosso e sempre valorizar o que é nosso”, destacou.
Quando o Pantanal pegou fogo no ano passado, o artista foi ao local e contou, por meio da exposição “Renasça”, a situação do bioma devastado pelo fogo, com obras pintadas a partir do carvão, terra e cinzas, matérias-primas provenientes das queimadas. “Eu estava no ateliê e me senti mal, pois parecia que o meu trabalho era uma mentira por pintar o Pantanal colorido e bonito, enquanto a maior fonte de inspiração pegava fogo. Lá transformei aqueles símbolos de tragédia em esperança, e utilizei daquilo para fazer algo que se revertesse para o Pantanal”.
Para além de arrecadar fundos para instituições que atuaram na manutenção do bioma, com o leilão de suas obras, o artista Adriano Figueiredo disse que a intenção principal foi "falar do Pantanal", para dar maior visibilidade àquele momento de devastação da natureza.
Na segunda etapa artística, além de simbolizar a tragédia, o artista retratou a esperança. “Usamos a água das primeiras chuvas para criar outras obras e mostrar a beleza, mas sem deixar de falar das tragédias. Temos que enfrentar isso. A minha arte é para falar e defender o que é nosso", destacou.
Em Sorriso, na exposição, além de contar a história das suas obras, o artista irá pintar uma obra ao vivo. Ele frisa que todos os protocolos de biossegurança são seguidos na exposição Trajetória.
Para a empresária Mara Lúcia, a exposição é encantadora. “Ele é muito intenso pelas cores utilizadas, nuances dos traços. Eu, como trabalho com música e artes, fiquei realmente encantada. Essa primeira experiencia é muito gratificante. Ele teve um 'tino' perfeito para colocar a situação numa realidade que a gente consegue visualizar, mas de uma forma alegre”.