Homem pede para inquilino desocupar imóvel e acaba esfaqueado em MT
Seis juízes de MT estão sob escolta após ameaças e 11 treinam defesa
Ameaças de morte foram denunciadas por magistrados ao TJMT.
Diante de diversas situações de riscos e ameaças de morte, magistrados de Mato Grosso participam de curso, em Cuiabá, para obterem técnicas de defesa pessoal, direção defensiva, tiro, além de reação contra assaltos e abordagens.
Dados obtidos pelo G1 apontam que atualmente há seis juízes que atuam no estado sob proteção policial após serem ameaçados pelo crime organizado. O sétimo caso já foi encaminhado pela Associação Mato-grossense dos Magistrados (Amam) ao Tribunal de Justiça (TJMT) e o pedido de escolta está em análise.
O presidente da Amam, José Arimatéia Neves, disse que as denúncias dos magistrados foram registradas pela instituição entre o último ano e em 2015, e os casos são monitorados pelo Poder Judiciário. Esses juízes atuam em Cuiabá, Várzea Grande, região metropolitana da capital, e em fóruns e comarcas do interior. Os nomes não são divulgados por questão de segurança.
Todos os casos são acompanhados pela Comissão de Segurança Permanente do Poder Judiciário, criada há dois anos, na tentativa de reforçar a segurança dos magistrados ameaçados. A reportagem do G1 tentou, mas não conseguiu obter contato com a desembargadora Maria Erotides Kneip, que preside a Comissão e também atua como corregedora do TJMT.
“Todas as denúncias são levadas ao Poder Judiciário que oferece segurança pessoal ao magistrado que sente essa necessidade. Exercemos uma atividade que gera risco não apenas para nós, mas também para a nossa família. É uma situação tanto quanto recorrente e não podemos descuidar. Temos que tentar prevenir”, enfatizou Neves. Diante disso e na tentativa de evitar situações adversas, juízes e desembargadores participam há dois de do “Curso de Sobrevivência e Combate Urbano” realizado por uma empresa privada e oferecido pela Amam.