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Polícia investiga ligação de diretores com facção Comando Vermelho
O inquérito da GCCO deve durar 10 dias e o grupo pode responder por diversos crimes
A Gerência de Combate ao Crime Organizado (GCCO) vai investigar a ligação entre o diretor e o diretor-adjunto da Penitenciária Central do Esgtado (PCE), Revetrio Francisco da Costa e Reginaldo Alves dos Santos, com a facção criminosa Comando Vermelho.
Revertrio e Reginaldo foram presos na manhã desta terça-feira (18), durante a operação Assepsia, ao lado três policiais militares, sendo eles: Ricardo de Souza Carvalhes de Oliveira, subtenente da Ronda Ostensiva Móvel Tática (Rotam), Cleber de Souza Ferreira, tenente do 3º Batalhão da PM, e Denizel Moreira dos Santos, cabo da Rotam.
Segundo o delegado titular da GCCO, Flávio Stringueta, o grupo tem participação direta na apreensão de 68 telefones celulares que foram encontrados escondidos dentro de um freezer, que seria entregue no raio 5 da PCE.
O raio 5 é conhecido por abrigar os presos de alta periculosidade, entre eles, Paulo Cesar da Silva, conhecido como "Petróleo" e Luciano Mariano da Silva, o "Marreta". Os dois, que dividem a mesma cela, são apontados pela GCCO como lideranças do Comando Vermelho.
Além disso, as investigações apontam que o freezer e os telefones seriam entregues na cela deles. "Tivemos a infelicidade de deparar com agentes públicos nesse ato ilícito. Para não, não tem nenhuma satisfação. Desde o início do ano estamos acompanhando as facções criminosas agindo e agora nos deparamos com os servidores públicos envolvidos", disse.
O inquérito da GCCO deve durar 10 dias e o grupo pode responder por associação criminosa, corrupção passiva e facilitação da entrada de celulares em unidades prisionais.
Imagens mostraram encontro
O delegado Frederico Murta, da GCCO, informou que o envolvimento dos servidores na ação está comprovada, tanto é que imagens do circuito interno de segurança da PCE foram recolhidas e analisadas por agentes da Perícia Oficial.
Murta ressalta que nas imagens é possível ver uma caminhonete preta entrando na PCE, descarregando o freezer e que minutos depois, os 3 policiais militares chegam, sem farda, em um veículo comum e vão direto para a direção.
"Eles vão até a sala da diretoria, onde já estavam o diretor e o subdiretor. O grupo fica por um tempo, até que o preso Petróleo entra na sala e por lá, ficam cerca de 1h. O freezer só foi revistado 1h depois do encontro", destacou.
O teor da reunião ainda não é concreto. O delegado explica que algumas versões já foram ditas, mas que a confirmação será feita após a oitiva dos suspeitos, que já estão presos e vão passar por audiência de custódia ainda nesta terça-feira.
Há indícios do recebimento de que os diretores da PCE receberiam propina, mas ainda segue em investigação.
"Sabemos que eles participaram efetivamente do fato tentanto, mas o que aconteceria depois, lá dentro, vamos saber só após as oitivas. Por enquanto sabemos que o freezer seria entregue para um dos líderes do comando".