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PF sugere 144 novos inquéritos por delações de família Barbosa
O laudo levou em conta solicitação da Procuradoria Geral da República
Relatório produzido no dia 8 de junho pelo delegado Wilson Rodrigues de Souza Filho, da Polícia Federal em Mato Grosso (PF-MT), sugere que 144 inquéritos sejam instaurados a partir das colaborações premiadas firmadas pela família Barbosa e pelo ex-chefe de gabinete Silvio Cezar Corre Araújo. Deputados, conselheiros e senadores contam como nomes citados.
O laudo levou em conta solicitação da Procuradoria Geral da República (PGR), objetivando levantar investigações já existentes, novas investigações e possíveis interfaces entre não detentores de foro e pessoas com foro privilegiado por cargo público ocupado. O resultado foi um balanço apresentando proposta de divisão das apurações.
De forma geral, segundo a PF, as investigações devem ser divididas entre Supremo Tribunal Federal (STF), Superior Tribunal de Justiça (STJ), 5ª Vara da Justiça Federal em Mato Grosso, Tribunal de Justiça de Mato Grosso (TJMT) e 7ª Vara Criminal de Cuiabá.
Levando em conta os apontamentos feitos pelo ex-governador de Mato Grosso, Silval Barbosa, 94 temas são passíveis de investigação. Entre os temas estão constituição de organização criminosa, compra da mesa da diretora da Assembleia Legislativa, mensalinho para deputados, propina para integrantes da CPI da copa do Mundo e diversos empréstimos juntos a operadores financeiros.
Apontamentos feitos pelo irmão de Silval Barbosa, o empresário Antônio da Cunha Barbosa, indicam 11 temas diferentes que merecem, segundo a Polícia Federal, investigação aprofundada em diversas instâncias. Propina para aprovação das contas do Poder Executivo em 2014 e um esquema de desvios de dinheiro no Departamento Estadual de Trânsito constam como fatos delatados.
Outros 26 temas delatados pelo ex-secretário de Gabinete de Silval Barbosa, Silvio Cezar Correa Araújo, poderão gerar investigações. Entre os temas dos inquéritos futuros estão os detalhamentos dos operadores financeiros, crimes cometidos na Secretaria Extraordinária da Copa (Secopa) e esquemas com construtoras.
Rodrigo da Cunha Barbosa, filho de Silval, ofereceu informações com fundamentos para gerar 11 investigações. Já Roseli Barbosa apresentou dados concretos sobre apenas dois temas que possivelmente serão investigados.
As informações levantadas pela Polícia Federal em Mato Grosso foram repassadas em forma de relatório ao ministro Luiz Fux, do Supremo Tribunal Federal.