Faccionados são presos após planejar matar policiais em Ipiranga do Norte
Operação prende uma pessoa em MT; advogado está foragido
Os envolvidos são investigados pelos crimes de organização criminosa
Um funcionário de uma empresa de assessoria de cobrança foi preso, em Rondonópolis, na Operação Crédito Desviado, deflagrada na manhã desta quinta-feira (09) pela Polícia Civil no Distrito Federal e mais oito estados.
Os alvos são integrantes de um grupo suspeito de desviar R$ 26 milhões do Banco do Brasil entre os anos de 2017 e 2018. As investigações são da Coordenação de Combate a Corrupção e Combate ao Crime Organizado (Cecor).
Em Rondonópolis, uma equipe da Polícia Civil de Brasília, coordenada pelo delegado Marcelo Guerra, com apoio de policiais da Delegacia de Roubos e Furtos e do Grupo Armado de Resposta Rápida (Garra) da Polícia Civil de Mato Grosso, cumpriram três mandados de busca e apreensão e prenderam o funcionário de uma empresa de assessoria de cobrança. Um advogado, ligado a essa empresa, também teve o mandado de prisão, mas não foi localizado e é considerado foragido.
A Polícia Civil não informou os nomes dos envolvidos.
O delegado de Brasília Marcelo Guerra informou que a empresa de assessoria de cobrança desviou mais de R$ 1,9 milhão do Banco do Brasil entre 2017 e 2018, por meio da manipulação do sistema do banco.
Nas buscas, foram apreendidos três veículos, sendo uma caminhonete SW4, um Corola e um Polo. Os mandados foram cumpridos em duas residências e na empresa de assessoria de cobrança.
Foram cumpridos 28 mandados de busca e apreensão e 17 mandados de prisão temporária, expedidos em desfavor de funcionários do Banco do Brasil e empresários vinculados a empresas de cobranças e dívidas da instituição financeira. Os mandados foram cumpridos no Distrito Federal, Goiás, São Paulo, Minas Gerais, Pernambuco, Paraná, Santa Catarina, Mato Grosso e Rio de Janeiro.
As ações resultaram na prisão de 15 pessoas envolvidas no esquema de desvio de valores. Dois acusados ainda continuam foragidos.
Os envolvidos são investigados pelos crimes de organização criminosa — com aumento de pena em virtude da participação de funcionário público —, peculato e lavagem de dinheiro.
Segundo o coordenador da Corf, R$ 15 milhões desviados do Banco do Brasil já foram bloqueados pela Justiça e deverão ser restituídos à instituição bancária.
Segundo o delegado Wenderson Teles, responsável pelas investigações, dois funcionários do banco, que atuavam diretamente na movimentação de valores altos e comissões destinadas às empresas de cobrança, aproveitavam-se dos cargos executivos e das transações de pagamento manuais para aumentar o valor das comissões dos empresários em troca de reembolsos ilegais.