Avança a obra de revitalização do Parque Ecológico Claudino Frâncio
MT tem o m² da construção civil mais caro da região Centro-Oeste
O custo médio do metro para construir no estado foi do R$ 976,53
Mato Grosso tem o segundo metro quadrado mais caro da região Centro Oeste. De acordo com o Índice Nacional da Construção Civil (Sinapi), o custo médio do metro para construir no estado foi do R$ 976,53 em novembro, considerando a desoneração da folha de pagamento dos trabalhadores do setor da construção civil.
O estado perde apenas para o Distrito Federal, onde o custo é de R$ 1.002,36. Os dados foram divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) no dia 9 deste mês.
O terceiro estado com o metro quadrado mais caro do Centro Oeste é Goiás (R$ 963,68) e o quarto lugar, Mato Grosso do Sul, R$ 956,37. O custo da obra subiu por causa do aumento que de alguns, como de acabamento. No entanto, um dos gastos que mais pesaram foi com combustível.
Este ano, o índice do Sinapi teve variação mês a mês. E, até agora, o acumulado foi de 4,59%. Em outubro, o metro em Mato Grosso era de R$ 975,57, considerando a desoneração da folha de pagamento de empresas do setor da construção civil.
“Temos altos custos e estamos mais longe do centro produtor das indústrias do Brasil. Só temos uma fábrica de cimento em Mato Grosso. Os outros estados tem três. Têm uma concorrência maior. Estamos longe das indústrias de acabamento. Temos uma energia mais cara”, explicou Júlio Flávio Campos de Miranda, presidente do Sindicato das Indústrias Civil do Estado de Mato Grosso (Sinduscon).
Segundo o Sinduscon, as construções menores acabam pagando mais do que as grandes construtoras. “O cliente com mais poder de compra, tem uma barganha maior e o cliente com menor poder de compra, vai ter um custo maior, vai pagar mais caro”, explicou.
O empresário Thiago Vieira queria fazer um reforma na empresa, mas, segundo ele, dois meses depois de fazer o orçamento, o custo da obra aumentou 20%.
Conforme a Alessandra Castilho, engenheira civil que presta serviço de assessoria, teve dificuldade para trabalhar este ano. “Em 2014, a gente conseguia ter um orçamento de janeiro e usar para um orçamento em agosto, porque, normalmente, não mudava, não tinha essa alteração. Esse ano tem alterações de mês a mês. Então, o acréscimo tá acontecendo em tudo e principalmente na construção civil.
O custo unitário por metro quadrado para residência com três ou mais quartos chegou a 5,5%. “Temos que torcer para melhorar o cenário politico nacional, que esta ocasionando um problema econômico também. E o estado ajudar a investir, o município fazer investimento, até porque a construção civil é um dos segmentos que mais gera emprego, mais movimenta indústrias, comércios e a economia”, disse o Sinduscon.