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“MT Integrado foi mal planejado e vai custar mais de R$ 1 bilhão”
Secretário diz que financiamento não previu serviços complementares, nem a construção de pontes
O secretário de Infraestrutura, Marcelo Duarte, afirmou que a execução do programa MT Integrado – que prevê a interligação de todos os municípios de Mato Grosso com pelo menos uma rodovia pavimentada – irá onerar os cofres do Estado em pelo menos R$ 1 bilhão.
Isso ocorre, segundo ele, porque, ao realizar financiamento de R$ 1,5 bilhão junto ao BNDES para a execução do programa, a gestão passada não incluiu no projeto a construção de pontes, por exemplo.
Além disso, não estão inseridos nesse montante os recursos necessários para os reajustes contratuais e aditivos que encarecem as obras.
“As coisas foram mal planejadas. Hoje, temos um programa que vai onerar os cofres do Estado em quase R$ 1 bilhão”, afirmou o secretário, na manhã desta quinta-feira, durante entrevista ao programa "Primeira Página", da Rádio Centro América.
“Nenhuma construção de ponte, nem os aditivos, nem os serviços complementares estão previstos para serem pagos com os recursos do BNDES”, completou ele.
De acordo com Duarte, somente para execução das pontes nas 46 rodovias previstas no programa são necessários R$ 200 mil, além dos valores já financiados.
São necessários, também, cerca de R$ 100 milhões ao ano para pagamentos das gerenciadoras e supervisoras das obras, além de demais serviços complementares.
“Estive no Estado de Goiás e vi que lá eles pegaram a mesma linha de crédito e colocaram todos os serviços, de modo que o BNDES paga tudo. Aqui isso não ocorreu. Acho que contaram que o dinheiro das pontes, por exemplo, viria de outro lugar. Quer dizer, o programa foi mal feito”, afirmou o secretário.