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MPE isenta procurador e promotores de grampos ilegais
O Ministério Público Estadual (MPE) arquivou 3 de 9 investigações
O Ministério Público Estadual (MPE) arquivou 3 de 9 investigações envolvendo procuradores e promotores de Justiça nas denúncias feitas pelos militares envolvidos na chamada "grampolândia pantaneira".
De acordo com a corregedoria do MPE e o Núcleo de Ações de Competência Originária (Naco Criminal), o procurador Paulo Prado e o promotor de Justiça Marcos Regenold não tiveram participações em irregularidades apontadas pelos coronéis Zaqueu Barbosa, Evandro Lesco, e o cabo Gerson Corrêa.
Segundo o coordenador do Naco, procurador Domingos Sávio, a acusação de que Paulo Prado teria entregue as placas wytron para que fosse usada pelos primos Pedro e Paulo Taques, para interceptar adversários políticos em 2014, não teria nenhuma prova concreta, e, que as investigações apontaram que Prado seria inocente.
"Não temos como afirmar taxativamente que aquelas placas utilizadas por aquele escritório criminoso de interceptação telefônica são as mesmas que haviam aqui no Ministério Público. Mas se forem, e os indícios apontam nessa direção, com certeza não há nenhuma relação entre a cessão dessas placas para a Secretaria (de Segurança Pública) feita pelo procurador Marcelo Ferra em 2010, com a instalação desse escritório clandestino em 2014. Ou seja, não foi alguém do Ministério Público que entregou essas placas com o fim de se instalar esse escritório criminoso", disse o chefe do Naco durante coletiva nesta quarta-feira (2), ao inocentar Paulo Prado.
Com relação a acusação de que Regenold teria falsificado assinaturas em relatórios de interceptações telefônicas pelo Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado (Gaeco), o Naco concluiu que o fato não ocorreu, já que a pessoa que teria tido a assinatura falsificada negou tal fato. "A pessoa foi ouvida por 3 vezes e negou a acusação. Então a conclusão é de que o fato nunca existiu ou ocorreu", disse.
Já em relação a possíveis irregularidades no bojo das operações Aprendiz de 2013 e Imperador de 2015, a investigação interna também concluiu que não houve a chamada barriga de aluguel - quando números de pessoas comuns são listados como se pertencendo a alvos de investigações policiais - também foi arquivado por falta de provas.
Após o arquivamento Domingos, Sávio negou que haja corporativismo do MP para inocentar os seus membros e de que as investigações foram feitas de maneira isenta.
"Tem mais várias investigações em curso e semana que vem certamente nós concluiremos algumas e vamos prosseguir. Nós temos um ritmo bem acelerado e as investigações estão bastante avançadas e vamos concluindo na medida do possível na medida da dinâmica dessas Investigações", disse.