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Morte de verdureiro completa um ano e processo não anda
A acusada, a médica Letícia Bortolini, foi denunciada em setembro do ano passado
Hoje completa 1 ano que o verdureiro Francisco Lucio Maia foi atropelado na avenida Miguel Sutil, no fim da tarde, por uma médica que retornava de uma festa em alta velocidade e embriagada. A acusada, Letícia Bortolini, foi denunciada em setembro do ano passado, por meio da 1ª Promotoria de Justiça Criminal da Comarca de Cuiabá, por crime de homicídio doloso – dolo eventual (artigo 121 do Código Penal), omissão de socorro, se afastar do local do sinistro para fugir à responsabilidade e conduzir embriagada (artigos 304, 305 e 306 do Código de Trânsito Brasileiro, na forma do artigo 69 do Código Penal).
No mesmo mês, no dia 19, a denúncia foi recebida pela Justiça, que estabeleceu prazo de 10 dias para a acusada apresentar sua defesa, momento que poderia arguir preliminar e alegar tudo o que interesse à defesa, oferecer documentos e justificações, especificar provas pretendidas e arrolar testemunhas, qualificando-as e requerendo suas intimações, quando necessário.
Entretanto, 7 meses depois, os advogados da ré ainda não apresentaram tal documento, apesar de várias outras decisões dando novos prazos de 10 dias, todos ignorados.
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A família de Francisco realizou na noite de ontem (13) a missa por um ano da morte. Uma das filhas do verdureiro, Francy Silva, afirma que hoje o sentimento é de não poder fazer nada, de esperar "pela tal Justiça". "Sentimos uma dor constante de acordar todo dia e não ver meu pai, de acordar todo dia e não pedir a benção para o meu pai".
A família entende que a acusada retomou a vida e sem arrependimentos. "O processo não anda, Está parado. Cada hora alegam uma coisa para não apresentar a defesa. Tudo isso é para ganhar tempo", desabafa a filha da vítima.
Denúncia
Conforme a denúncia, no dia 14 de abril de 2018, por volta das 19h35, na avenida Miguel Sutil, em frente à agência do Banco Itaú do bairro Cidade Verde, a médica, “conduzindo veículo automotor com capacidade psicomotora alterada em razão da influência de álcool, em velocidade incompatível com o limite permitido para a via, assim como assumindo o risco de produzir o resultado, matou a vítima Francisco Lucio Maia”.
Ainda segundo o MP, a denunciada, após atropelar o verdureiro, deixou de prestar socorro imediato à vítima, bem como afastou-se do local do acidente para fugir à responsabilidade civil e penal. Consta, ainda, que a denunciada, após a prática dos fatos, conduziu veículo automotor com capacidade psicomotora alterada em razão da influência de álcool.
“Segundo restou apurado, a denunciada Letícia Bortolini e seu esposo Aritony de Alencar Menezes, ambos médicos, na data dos fatos (sábado) estiveram no evento denominado ´Braseiro" que, dentre outras características, operava no sistema open bar (consumo livre de bebida alcoólica), sendo que certamente permaneceram no local das 14 horas até aproximadamente 19h30. Mesmo tendo ingerido bebida alcoólica a denunciada assumiu a condução do veículo pertencente ao casal”, diz o promotor na denúncia.
Perícia apontou que a médica estava a 103 km/h quando atingiu o verdureiro.