Mauro pede paciência a empresários e teme onda de ataques como no Ceará
O governador reconheceu que uma nova taxação a empresários trará insegurança, porém avaliou que a medida é melhor que o não pagamento por serviços penitenciários
Falando repetitivamente sobre o caos financeiro que vive as contas de Mato Grosso, desde que assumiu o comando do Estado no dia 1° de janeiro, o governador Mauro Mendes (DEM) se mostrou preocupado com uma possível falta de recursos nos próximos meses para pagar fornecedores, como os que fornecem serviços a presídios e ter problemas como rebeliões e ataques a sociedade civil, como está acontecendo no estado do Ceará.
Mendes, desde que tomou posse vem pedindo compreensão e união a todos os setores, para que o Estado não se torne um caos devido a falta de pagamentos. Em reunião na última segunda-feira (14), o governador reconheceu que uma nova taxação a empresários trará insegurança, todavia avaliou que a medida será melhor que o não pagamento por serviços penitenciários.
“Os empresários já vieram me dizer que tributação gera insegurança. Eu falei a eles que sim, realmente gera insegurança, mas o que gera mais insegurança é um Estado que não cumpre seu papel, um Estado sem ordem. Daqui a pouco não vamos conseguir pagar a comida de presos e vai ter rebelião, vai morrer gente. Ai os caras podem determinar, por falta de comida lá dentro, o mesmo que está acontecendo no Ceará. Isso sim é muito ruim para um Estado. Isso já aconteceu em vários estados brasileiros e nós não estamos livres disso”, disse o governador.
Os ataques no Ceará tiveram início no dia 2 de janeiro após o Estado anunciar um maior rigor nos presídios, como a proibição de entrada de telefones celulares e o fim da pratica de divisão de presos conforme a facção criminosa, com a missão de prejudicar a articulação do crime organizado.
Desde então o Estado registrou centenas de ataques como incêndios de ônibus, disparos em agências bancárias, explosões de pontes e viadutos; ataques a prédios públicos, creches, semáforos, entre outros.