Dois homens são presos por venda ilegal de armas de fogo em Sorriso
Justiça manda apreender avião do ex-deputado José Riva
Decisão judicial diz que medida visa ressarcir prejuízos causados pelo ex-presidente da AL
O Grupo de Atuação Especial contra o Crime Organizado
(Gaeco), do Ministério Público Estadual, deflagrou, na tarde desta quarta-feira
(3), a segunda fase da Operação Imperador.
Uma equipe do grupo, com o apoio de um oficial de
Justiça, cumpriu mandado judicial de busca e apreensão de um avião Piper
Aircraft, modelo PA-31T2, de propriedade do ex-deputado estadual José Riva
(PSD) e de sua esposa, Janete Riva (PSD).
Segundo o Gaeco, o sequestro da aeronave, no
Aeroporto Internacional Marechal Rondon, em Várzea Grande, foi decretado pelo
Tribunal de Justiça de Mato Grosso, visando ao ressarcimento de parte do dano
supostamente causado pelo ex-parlamentar, na ordem de R$ 62 milhões.
Ex-presidente da Assembleia Legislativa, Riva está
preso no Centro de Ressocialização de Cuiabá (CRC), a antiga Cadeia do Carumbé,
desde o dia 21 de fevereiro.
Ele é acusado de ter liderado um suposto esquema
que desviou recursos dos cofres da Assembleia Legislativa, por meio de empresas
fornecedoras de materiais do Legislativo.
Em abril, o promotor de Justiça Marco Aurélio de
Castro, que coordena o Gaeco já havia afirmado que não descartava a possibilidade de
deflagrar uma nova fase da operação.
A denúncia
Além de Riva, foram denunciados na ação a sua
esposa, Janete Riva, servidores públicos e empresários.
São eles: Djalma Ermenegildo, Edson José Menezes,
Manoel Theodoro dos Santos, Djan da Luz Clivatti, Elias Abrão Nassarden Junior,
Jean Carlo Leite Nassarden, Leonardo Maia Pinheiro, Elias Abrão Nassarden,
Tarcila Maria da Silva Guedes, Clarice Pereira Leite Nassarden, Celi Izabel de
Jesus, Luzimar Ribeiro Borges e Jeanny Laura Leite Nassarden.
A ação foi desmembrada pela juíza Selma Arruda em
abril e Riva responde em processo separado dos demais réus.
Os denunciados são acusados de integrar um esquema
que teria desviado mais de R$ 60 milhões (valores corrigidos) da Assembleia
Legislativa (AL-MT), entre 2005 e 2009, por meio da aquisição de materiais gráficos
que nunca teriam sido entregues.