Juíza determina bloqueio de R$ 2,2 milhões de ex-deputados
Gilmar Fabris e Luiz Marinho são acusados de receber propina para apoiar o Governo
A Justiça decretou a indisponibilidade de R$ 1,2 milhão do ex-deputado estadual Gilmar Fabris e R$ 1 milhão do também ex-parlamentar Luiz Marinho.
A decisão, da juíza Célia Vidotti, da Vara de Ação Civil Pública e Ação Popular, foi publicada nesta terça-feira (1º) e atende parcialmente a uma ação do Ministério Público Estadual.
Na ação, o MPE apontou que os ex-deputados incorreram em improbidade administrativa ao supostamente receberem “mensalinho” na gestão do ex-governador Silval Barbosa.
O caso ficou conhecido e ganhou repercussão nacional através da divulgação de vídeos dos ex-parlamentares recebendo a suposta propina no gabiente do ex-chefe de gabinete do ex-governador, Silvio Araújo.
Segundo o MPE, foi descoberto que Fabris teria recebido o pagamento de vantagem ilícita no valor de R$ 50 mil mensais, em 12 parcelas, o que equivale R$ 600 mil.
Já Marinho teria recebido o pagamento de vantagem ilícita no valor de R$ 50 mil mensais, em oito vezes, no total de R$ 400 mil, embora a promessa era de que seriam pagas 12 parcelas, que totalizariam R$ 600 mil.
O suposto recebimento do “mensalinho” por parte dos deputados veio a público, primeiro, na delação do ex-secretário chefe da Casa Civil Pedro Nadaf e depois foi confirmada nas delações de Silval e de Silvio.
A suposta propina, segundo as delações, eram pagas para manter o apoio dos deputados estaduais da legislatura 2010/2014 e aprovar as contas de governo.
Conforme o MPE, em razão da quantidade de agentes políticos que, aparentemente, receberam vantagem ilícita do ex-governador, o procedimento foi desmembrado em inquéritos separados, cada qual relativo a um dos deputados que porventura obtiveram tal vantagem ilícita. Saiba mais.