"Jamais colocaria em risco a vida de alguém", diz influencer sobre suposto falso remédio natural
Paula Biazin disse que fazia uso do medicamento após cair em uma armadilha
Em entrevista ao Balanço Geral, programa da TV Sorriso, a digital influencer Paula Biazin, que foi detida em flagrante com suposto falso remédio natural para emagrecer, se pronunciou ao mencionar que "jamais colocaria em risco a vida de alguém".
De acordo com o advogado de defesa, Carlos Koch, foi concedida, ainda no sábado (28), a liberdade provisória à Paula mediante pagamento de fiança, correspondente a 5 salários mínimos. A partir de agora, ela responderá solta ao inquérito policial e eventual processo penal. "Mas é importante destacar que foi concedida liberdade provisória por ela ser primária, não ter antecedentes criminais. É uma pessoa de boa conduta, pioneira em Sorriso, mãe de família, possui dois filhos menores, tem ocupação lícita e endereço fixo. É uma pessoa que não oferece risco à sociedade".
Paula disse que foi um susto receber a notícia de que seria conduzida à delegacia de Polícia Civil. "A gente faz um trabalho honesto, durante anos para construir um nome, uma carreira e eu fui enganada por algo que não fiz. Estou pagando o pato por alguém que me enganou".
A influencer disse que uma amiga de confiança a indicou à fazer a divulgação do medicamento fraudulento que prometia emagrecimento rápido que leva o nome de Moder Diet Gold – “extrato de ervas, maneira eficaz e segura de perder peso”.
Antes de aceitar a proposta, Paula disse que apenas procurou saber se o produto é comercializado, mas não houve certificação sobre a segurança do medicamento. "Até hoje se consegue ter livre acesso ao produto em sites renomados nacionais. Nunca passou pela minha cabeça se tem selo da Anvisa ou se é um produto original o que estou divulgando. Eu confiei. Quando saiu o caso no Fantástico, foi neste momento que eu soube que poderia ser algo de má índole. Com isso, eu mandei mensagem e eu me pronuncie e falei que enquanto eu não soubesse mais notícias sobre o assunto, eu suspenderia todas as divulgações".
Pelo fato de o remédio ser vendido em diversos sites nacionais e por ser divulgado por grandes influenciadores digitais, Paula disse que acreditou na eficiência do medicamento sem imaginar que ele não fosse natural e que poderia oferecer riscos à saúde.
"Cai numa armadilha"
Em entrevista, ela ainda informou que produtos encontrados na casa dela (três frascos) eram de uso dela, do marido e da mãe dela. "Jamais colocaria a minha vida e a vida da minha família em risco e, então, consequentemente eu não colocaria em risco a vida de ninguém. Jamais divulgaria para mais 300 mil pessoas um produto que eu soubesse que era ilícito e que faria mal para a saúde. Foram anos trabalhando para ganhar o meu nome, o meu espaço para empresas de grande nome que me conhecem e sabem da minha índole".
Paula recebia da Moder Diet Gold R$ 1,2 mil mensais para divulgar o produto. "Eu estou com o coração partido de ter que passar por tudo isso. Sinto-me envergonhada perante a minha família. Tudo que eu batalhei para chegar e por uma simples pessoa que me enganou eu passar por isso. Peço desculpas às pessoas que não me conhecem e à minha família por expô-los dessa maneira. Eu cai numa armadilha e fui enganada".
Perícia
Conforme o advogado de defesa, os produtos apreendidos na casa de Paula devem ser submetidos à perícia para constar se os mesmos são adulterados ou não.
"Até então, não podemos mencionar com certeza que trata de produto adulterado sem o resultado da prova pericial. A Paula desconhecia possível adulteração. Ela estava divulgando o produto no seu espaço digital. Jamais ela divulgaria em seu espaço digital se ela a tivesse conhecimento que os produtos poderiam ter outra composição química que não a natural e que pudesse causar algum dado à saúde de terceiros".
Conforme o Portal Sorriso noticiou, o produto é vendido como fitoterápico, mas contém substâncias como sibutramina, fluoxetina e diazepam. Uma matéria exibida em rede nacional apontou que o Moder Diet é vendido no Brasil e até exportado para a Europa. Há uma investigação de uma rede de produção clandestina de medicamentos, cujo produto é vendido como fitoterápico a base de plantas, mas contém substância sintética e de uso controlado.
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Confira AQUI a reportagem exibida no Balanço Geral, programa da TV Sorriso (RecordTV).