Imagens de câmera de segurança mostram momento em que jovem é morto a tiros por PMs na rua
O vídeo mostra Jonathan da Silva Rosário, de 23 anos, passando pelo rua em sua moto, quando um dos policiais tenta parar o veículo, dando chutes, e, em seguida, o outro policial faz o disparo
Imagens da câmera de segurança (assista aqui) da região em que o jovem Jonathan da Silva Rosário, de 23 anos, foi morto a tiros por policiais militares mostra o momento em que os disparos foram feitos, nessa quarta-feira (30), em Chapada dos Guimarães, a 65 km de Cuiabá.
O vídeo mostra Jonathan passando pelo rua em sua moto, quando um dos policiais tenta parar o veículo, dando chutes, e, em seguida, o outro policial faz o disparo contra o jovem.
O tiro acertou a coxa direita do jovem, próximo da virilha. Jonathan foi socorrido pelo Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu), mas chegou no hospital da cidade já sem vida.
No boletim de ocorrência feito pela polícia, os militares relataram que estavam dispersando pessoas na Praça Dom Wunibaldo e que o jovem passou pelo local em alta velocidade fazendo 'algazarras'.
Durante a tentativa de abordagem, segundo a polícia, o motoqueiro teria jogado a moto para cima dos policiais.
No entanto, pelas imagens da câmera de segurança, não é possível ver essa manobra citada.
No entanto, segundo a tia de Jonathan, Cida Lessa, ele saiu para levar a namorada em casa e voltava para a residência da família para dormir e trabalhar no dia seguinte.
Segundo a família, o rapaz não tinha carteira de habilitação e esse teria sido o motivo por não ter parado.
“Isso não faz dele um criminoso. Ele morava no sítio e veio para a cidade para trabalhar. Nunca mexeu com coisa errada, nunca brigou com ninguém. Era um menino que desde criança trabalhou para ajudar a família. Era muito amado na cidade”, contou.
A tia da vítima, Cida Lessa, contou ao G1 que a família acredita que os policiais tenham atirado a curta distância devido aos ferimentos.
“Isso é despreparo dos policiais. Se quiser parar, atira na moto, no pneu. Agiram como se o menino fosse um marginal e apresentasse uma ameaça”, ressaltou.
Em nota, a Polícia Militar informou que a Corregedoria Geral está acompanhando o caso e que será instaurado Inquérito Policial Militar (IPM) para apurar a conduta dos policiais.