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Familiares de gerente depõem à Polícia e vão processar clínica
Jucilene França, 31, morreu após procedimento no Centro Odontológico do Povo (COP), em Várzea Grande
O marido, o avô e a irmã da gerente de loja, Jucilene França, de 31 anos, prestaram esclarecimentos à Polícia Civil, nesta semana, sobre a morte da mulher, que teria ocorrido após extração do dente do siso.
Os depoimentos fazem parte do inquérito instaurado para apurar o caso. A família já anunciou que vai processar Centro Odontológico do Povo (COP), de Várzea Grande, onde foi feito o procedimento, no dia 4 de julho.
Os funcionários da clínica e os dentistas responsáveis pela extração do dente da paciente também passarão por oitivas.
De acordo com a advogada que está cuidando do caso, Rute Souza Oliveira, as investigações deverão ser concluídas nas próximas semanas.
“Em duas semanas, o inquérito deve ser concluído. A partir disso, iremos analisar os itens para montar o processo”, declarou.
Conforme a defensora, um processo judiciário que será movido pela família contra o COP.
“Para definirmos o valor pedido, iremos levar em conta o fato de ela ter deixado dois filhos menores de idade”, observou.
Jucilene tinha dois filhos, um adolescente de 16 anos e uma garota de seis. Atualmente, eles estão morando com os avós paternos.
A advogada reiterou a informação de que a família não foi procurada pelo COP, depois que o corpo de Jucilene foi enterrado.
A clínica arcou somente com as despesas do sepultamento, segundo Ruth Oliveira.
“O COP não procurou a família depois que houve o enterro, não houve nenhum outro tipo de auxílio”, disse.
A Saúde Pública, por meio da Vigilância Sanitária, deverá realizar inspeção na clínica odontológica.
A advogada afirmou que o atendimento à paciente foi precário, fator que acabou causando a morte.
“Os profissionais poderiam ter evitado a morte [da gerente]. Eles tentaram resolver um caso grave com remédios que não eram eficientes para a situação”, apontou.
Os familiares de Jucilene estão confeccionando camisetas em homenagem à gerente. Eles deverão realizar protesto nos próximos dias, provavelmente nas proximidades do COP de Várzea Grande.
O Conselho Regional de Odontologia de Mato Grosso (CRO-MT) também abriu processo para analisar o caso.
"Serão apurados os fatos de todos os envolvidos no caso e será instaurado um processo ético", afirmou o presidente da Comissão de Ética do CRO-MT, Sandro Stefanini.
Morte após extrair siso
Jucilene França morreu após extrair o dente do siso, Várzea Grande.
Segundo a família, ela apresentou quadro de infecção generalizada e não resistiu.
A extração de dente foi realizada no dia 4 deste mês, no Centro Odontológico do Povo (COP).
Na segunda-feira (6), a gerente teria ido ao COP para cobrar explicações sobre o mal-estar.
Um dentista do local teria afirmado que ela havia sofrido uma reação alérgica à extração do dente.
As dores permaneceram e, na terça-feira (7), Jucilene foi ao médico, que constatou uma inflamação na traqueia. A vítima então, começou a tomar antibióticos.
Na quarta-feira (8), Jucilene foi novamente ao COP e relatou o problema. A clínica, então, teria afirmado que ela poderia ter problemas na glândula tireóide e a encaminharam para um hospital particular e, às 18h, ela seguiu para a Santa Casa da Capital.
“Às 20h ela teve uma infecção generalizada e às 23h, faleceu”, lamentou uma cunhada da mulher.
Outro lado
Em comunicado enviado à imprensa, o Centro Odontológico do Povo (COP) relatou que a extração do dente de Jucilene ocorreu "dentro da normalidade" e que, ao fim do procedimento, ela foi orientada sobre o pós-operatório.
A empresa alegou que a paciente, após ter voltado para relatar o problema na segunda-feira (6), não compareceu ao local no dia seguinte, como deveria ter sido feito.
Em nota, o COP se colocou à disposição para qualquer tipo de assistência sobre o caso.
A clínica afirmou estar aguardando resultado da necrópsia para avaliar o motivo da