Ex-marido é preso suspeito de matar grávida e jogar corpo em lixão em MT
Corpo de Sebastiana Paniagua, de 27 anos, estava perto do aterro de Cuiabá.
O ex-marido da jovem Sebastiana Aparecida Paniagua Lopes, de 27 anos, encontrada morta próxima ao aterro sanitário de Cuiabá, foi preso pela Polícia Civil, na manhã desta segunda-feira (15), suspeito de ter assassinado a vítima. De acordo com o delegado Fausto Freitas, da Delegacia de Homicídio e Proteção à Pessoa (DHPP), a prisão ocorreu em uma casa, localizada no Distrito Aguaçu, onde o suspeito, de 26 anos, estaria se escondendo.
Sebastiana estava separada do ex-marido e grávida de quatro meses. No entanto, a gravidez era desconhecida pelos familiares da jovem, que já tinha dois filhos pequenos. Ela trabalhava há seis meses na lanchonete de um shopping e desapareceu no dia 4 de junho, quando deixou de voltar para casa após o expediente. O corpo dela foi localizado por moradores, no dia seguinte, na beira da estrada, perto de uma cerca, numa região de chácaras no Bairro Barreiro Branco. Segundo o Instituto Médico Legal (IML), a jovem foi esganada e o laudo apontou que ela morreu por asfixia.
A Polícia Civil informou que mulher era moradora do Bairro Ribeirão do Lipa, região de periferia. Testemunhas relataram que viram a vítima saindo do trabalho em um carro.
No dia 5, entretanto, Sebastiana não entrou em contato e não apareceu, deixando os familiares preocupados.
Com a notícia na imprensa de que um corpo de mulher havia sido encontrado com características parecidas de Sebastiana, os familiares foram até o IML e a reconheceram.
A cunhada de Sebastiana, Elisângela Hungria, disse que a família só soube da morte após a notícia na imprensa. “Não sabíamos que ela estava grávida. Se ela estava namorando ela não nos avisou", declarou.
Os familiares também não sabem com quem ela teria saído após o expediente, do dia 4.
Durante velório,abalada, a mãe da vítima lamentou a morte da filha e cobrou justiça. "Eu jamais pensaria que essa violência ia chegar na minha casa, minha filha sendo morta. O que eu estou passando eu não quero que nenhuma mãe mais passe. Eu quero que a Justiça seja feita. Uma pessoa dessa não pode ficar impune. Para mim, uma pessoa dessa não tem amor ao próximo. O que fizeram com a minha filha eu não quero que se repita em outro lar, em nenhuma família. A dor é muito grande. Minha filha deixa dois filhos para eu criar".