Ex-assessor de Roseli é o primeiro solto da operação contra desvios na Setas
A decisão foi proferida pelo desembargador Orlando Perri
A Justiça acatou há pouco o pedido de habeas corpus impetrado pela defesa do ex-assessor da Secretaria de Trabalho e Assistência Social (Setas) Rodrigo de Marchi e autorizou a primeira soltura de um dos preso na operação Ouro de Tolo, deflagrada na última quinta-feira (20) pelo Gaeco.
A decisão foi proferida na tarde desta terça-feira (25) pelo desembargador Orlando Perri, membro do colegiado que irá julgar o pedido de liberdade da ex-secretária da Setas Roseli Barbosa, presa na mesma ocasião. O relator do caso era o desembargador Rondon Bassil Dower Filho, que pediu licença e por isso foi redistribuído para Orlando Perri.
Para o advogado Ulisses Rabaneda, que compõe a banca de defesa de Roseli, a decisão favorável ao ex-assessor influencia positivamente a defesa, uma vez que foi acatada a tese de que os argumentos que fundamentaram o pedido de prisão preventiva não eram “aptos”. A peça acatada por Perri foi subscrita pelo advogado Hamilton Júnior.
A defesa dos presos na operação trabalha com a linha de que a prisão preventiva foi acatada com base em argumentos inidôneos. “Já temos a posição de um desembargador do colegiado”, afirmou Rabaneda.
Rodrigo de Marchi foi o último dos acusados a solicitar à Justiça pedido de HC. Ele é apontado pelo Ministério Público Estadual (MPE) como sendo o intermediário de esquema que resultava na distribuição de 40% dos lucros da criação fictícia de instituições privadas sem fins lucrativos para executarem convênios com a Setas, para Roseli. Rodrigo ‘receberia’ a quantia de 24% dos ‘lucros’ obtidos pelos contratos.