Motociclista voa por cima de carro após colisão em cruzamento de Sorriso
Eder completa 2 meses na cadeia e aguarda a apreciação de 2 recursos
Ao que tudo indica, a privação de liberdade parece estar longe de acabar
Nesta segunda (1º de junho), a prisão do ex-secretário de Estado Eder Moraes, considerado pivô da Operação Ararath e recolhido ao Centro de Custódia de Cuiabá desde 1º de abril, completa dois meses. Ao que tudo indica, a privação de liberdade parece estar longe de acabar.
Na última terça (26), o habeas corpus com o pedido de suspeição interposto pela defesa de Eder Moraes contra o juiz da 5ª Vara Federal de Mato Grosso, Jeferson Schneider, foi retirado da pauta de julgamento do Tribunal Regional Federal (TRF) 1ª Região pela quarta vez.
A defesa de Eder Moraes acredita que as sucessivas retiradas de pauta ocorreram para possibilitar análise aprofundada do relator do habeas corpus, desembargador Mário César Ribeiro, que ainda não preferiu voto sobre o mérito.
O advogado Ronan Oliveira até cogitou recorrer ao Superior Tribunal de Justiça (STJ) em busca de celeridade porque o caso envolve réu preso. Entretanto, reconsiderou a decisão. Isso porque os ministros do STJ poderiam determinar que o recurso fosse julgado pelo TRF. Na prática, um despacho deste teor acabaria aumentando o tempo de Eder Moraes atrás das grades.
O ex-secretário foi preso em 1º de abril porque estaria envolvido em supostas transações imobiliárias ilícitas. As operações foram interpretadas pelo Judiciário como subterfúgio para frustrar decisões judiciais de sequestro de bens, além de ocultar patrimônio.
Dias antes da prisão, Eder anunciou filiação ao PHS e externou desejo de disputar a Prefeitura de Cuiabá. Um ato político chegou a ser cogitado, mas a ação da Polícia Federal impediu a concretização do plano.
Essa é a segunda prisão de Eder Moraes. A primeira ocorreu em 20 de maio de 2014, durante a 5ª fase da Operação Ararath, quando o ex-secretário de Estado permaneceu detido por 82 dias, inclusive na Papuda, em Brasília, por determinação do Supremo Tribunal Federal (STF).
Tornozeleira
Além disso, na quinta (28), a defesa de Eder Moraes protocolou na 5ª Vara Federal de Cuiabá novo pedido da relaxamento de prisão. O requerimento pleiteia o uso de tornozeleira eletrônica como alternativa à restrição de liberdade.
Entre as medidas cautelares propostas estão comparecimento periódico em juízo, no prazo e nas condições fixadas pelo juiz, para informar e justificar atividades; recolhimento domiciliar no período noturno e nos dias de folga quando o investigado ou acusado tenha residência e trabalho fixos; monitoração eletrônica.
Operação Ararath
A Operação Ararath investiga esquemas de corrupção e lavagem de dinheiro público, por meio de banco clandestino. O esquema teria movimentado mais de R$ 500 milhões. Entre os operadores está o delator premiado Júnior Mendonça e o próprio Eder.