MT aumenta em 32% produção de etanol e se torna o 2º maior produtor do país
Delator diz que ex-adjunta da Setas recebeu R$ 50 mil de propina
Vanessa Rosin Figueiredo teria recebido R$ 50 mil de delator e réu Paulo Lemes; ela nega
Os promotores de Justiça do Gaeco de Mato Grosso (Grupo de Atuação Especial Contra o Crime Organizado) acusaram a advogada Vanessa Rosin Figueiredo, ex-secretária adjunta da Setas (Secretaria de Estado de Trabalho e Assistência), de ter contribuído para o desvio de verbas dos cofres públicos.
Ela é ré na ação na Justiça que investiga desvios da ordem de R$ 2,8 milhões da Setas, entre 2011 e 2014, e acusada de de praticar os crimes de peculato, organização criminosa, uso de documento falso, falsidade ideológica e lavagem de dinheiro
Segundo o Gaeco, a suspeita é de que, num primeiro momento, Vanessa havia praticado o crime de corrupção ativa, por solicitar do empresário Paulo Cesar Lemes, também réu e delator do suposto esquema, que lhe pagasse R$ 200 mil.
O dinheiro seria para que ela se omitisse no desempenho de suas atividades na secretaria e não impedisse, "com seu poder e dever, que o empresário firmasse convênios e contratos com dispensa de licitação, por meio de institutos sem fins lucrativos de 'fachada', para desviar dinheiro".
Segundo o Gaeco, após a delação premiada de Paulo Lemes, contudo apurou-se que a ex-secretária adjunta não só se omitiu, "mas também fora beneficiária de parte do dinheiro público" desviado.
"Isso porque Vanessa Rosin, sabendo que Paulo Cesar Lemes desviava, em proveito próprio, dinheiro proveniente dos convênios, solicitou ao mesmo que desviasse, em favor dela, o valor de R$ 200 mil. Depois, ela deixou o valor por R$ 100 mil, mas o empresário denunciado somente desviou em favor de Vanessa Rosin o valor de R$ 50 mil", diz a denúnica.
O valor teria sido desviado do convênio 03/2013, do programa Qualifica Mato Grosso VIII/IDH.
"Assim, em vez de ter praticado o crime de corrupção, como mencionado originalmente, com essa conduta Vanessa Rosin, na verdade, contribuiu para o desvio da verba pública, participando por ação, neste caso, dos crimes de peculato e lavagem de dinheiro", diz o Gaeco.