Caminhão bitrem se envolve em acidente e espalha carga de milho em Lucas do Rio Verde
Delator afirma que ex-primeira-dama de MT recebeu R$ 478 mil
Desvios de dinheiro foram feitos por meio de convênios superfaturados com empresas de Paulo Lemes
Segundo a delação premiada do réu Paulo César Lemes, sobre o esquema de desvios de dinheiro da Setas (Secretaria de Estado de Trabalho e Assistência Social), a ex-primeira-dama de Mato Grosso, Roseli Barbosa, teria ficado com pelo menos R$ 478,1 mil em propinas.
Ela foi presa na última quinta-feira (20) pelo Gaeco (Grupo de Atuação Especial Contra o Crime Organizado), em São Paulo. Segundo o delator, que participou do esquema, as fraudes em convênios foram cometidas em 2012 e 2013, por meio de contratos com sua empresas - Microlins, Instituto Concluir e o Instituto de Desenvolvimento Humano (IDH/MT).
Ele contou ao Gaeco, no dia 29 de junho passado, que as fraudes ocorreram nos convênios dos cursos Copa em Ação Fase II, em Cuiabá e Várzea Grande; e Qualifica Mato Grosso.
Antes de fechar os contratos, Paulo Lemes relatou que era feita uma reunião, na sala de Roseli Barbosa, em que eram apresentadas as planilhas com detalhes sobre os valores que cada membro do esquema iria lucrar.
“Em todas as vezes, o Rodrigo de Marchi [assessor de Roseli, também preso pelo Gaeco] estava junto. Não andava nada lá na Setas, se Roseli Barbosa não desse um visto. Nessas oportunidades, eu apresentava para a Roseli a planilha de cada curso com os valores previstos, os cursos reais e a previsão do valor da sobra, ou seja, do lucro”, revelou o empresário.
Segundo ele, habitualmente o lucro obtido com os desvios era repartido da seguinte maneira: 40% para Roseli Barbosa, 36% para ele e os 24% restantes eram divididos entre o assessor de Roseli, Rodrigo de Marchi, e o empresário Nilson da Costa e Faria.