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‘Coronavírus ainda não impactou exportações’, avalia presidente do Sindicato Rural de Sorriso
Produtor rural destacou a quantidade de soja comprada pela China nos últimos 15 dias
O Brasil está atento aos possíveis efeitos do coronavírus nas exportações para a China, onde o número de casos confirmados de infecção ultrapassou a marca dos 30 mil. Para o presidente do Sindicato Rural de Sorriso, Tiago Stefanello, ainda não há impactos na economia.
“A China comprou 20 cargas de navio de soja do Brasil nos últimos 15 dias. Foi a maior compra nos últimos anos. Como vai ter desabastecimento se eles estão comprando mais? Eles estão comprando porque o preço baixou. Hoje não vemos [o coronavírus] como um grande risco para a economia. Mas tem que ficar em alerta porque é uma epidemia. O Governo Chinês está tomando todas as medidas para conter isso. Todos os países estão tomando medidas de contenção”.
O Brasil segue com a venda de produtos agropecuários aos chineses, apesar de uma possível desaceleração na economia do país asiático. Já alguns produtores de proteína animal do Brasil até afirmam que a epidemia de coronavírus pode aumentar a procura de alimentos produzidos pela indústria brasileira, principalmente nos países asiáticos.
“Mas agora é o momento de compra de comida barata. O que nos está favorecendo é o câmbio do dólar e isso não está afetando tanto o preço da soja, mas Chicago em si está muito baixo”, destacou Stefanello.
Conforme a Agência Brasil, em janeiro, as exportações brasileiras para a China caíram 9,3% em relação ao mesmo mês do ano passado, pelo critério da média diária. O recuo, no entanto, deve-se principalmente à doença que prejudicou o rebanho suíno chinês, que diminuiu as vendas de soja e de milho, usados como ração para porcos. Outro produto cujas exportações caíram em janeiro foi a celulose, também afetada pela redução do preço internacional e pelo menor consumo dos chineses.