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Com 119 detidos, Venezuela se prepara para novo dia de protestos convocados por Guaidó
Oposição pede 'maior marcha da História'; Maduro clama vitória sobre ação opositora com apoio de militares e ameaça responder com acusações penais
Com um balanço de 109 feridos e 119 pessoas detidas na terça-feira, a Venezuela poderá viver um novo dia de protestos nesta quarta. O líder opositor Juan Guaidó , autoproclamado presidente interino com apoio do Parlamento, convocou "a maior marcha da História" do país contra o governo do presidente Nicolás Maduro . O seu paradeiro permanece desconhecido, enquanto ele divulga pelas redes sociais conclamações para manifestações.
De acordo com a imprensa venezuelana, foram confirmadas por autoridades ao menos 78 feridos no distrito de Chacao, onde se concentraram as manifestações opositoras de terça-feira, depois que Guaidó, afirmando ter apoio de militares, convocou a chamada "Operação Liberdade" para depor Maduro. Trata-se de uma da áreas mais nobres da capital venezuelana, Caracas. Dentre eles, 48 foram atingidos por balas de borracha, três por tiros de armas de fogo, 21 por agressões físicas e três por problemas respiratórios.
No total, entretanto, o Observatório de Conflitos Sociais identificou 109 pessoas feridas em todo o país. A Comissão Interamericana de Direitos Humanos (CIDH) confirma que houve protestos em 24 estados venezuelanos, dos quais 12 tiveram registro de repressão.
Por sua vez, a ONG Foro Penal registrou 119 detenções ao longo do dia, incluindo 68 no estado de Zulia, cuja capital é a cidade de Maracaibo. Dos detidos, 11 são adolescentes, diz a organização.
Um jovem opositor chamado Samuel Méndez, de 24 anos, morreu no estado de Aragua. Segundo o Provea, esta foi a 54ª morte em protestos na Venezuela apenas em 2019.