Charges da revista ‘Charlie Hebdo’ sobre menino Aylan provocam críticas
Opinião sobre as charges se dividem nas redes sociais
A revista satírica francesa Charlie Hebdo voltou a provocar protestos ao publicar nesta segunda-feira duas charges com o menino sírio afogado no mar Mediterrâneo, Aylan Kurdi, de três anos. As ilustrações estão sendo muito criticadas nas redes sociais na França e em outros países na Europa.
Na Turquia, país onde o menino foi encontrado, alguns veículos de comunicação acusaram o semanário francês de "insensibilidade" diante da tragédia. Há também algumas manifestações nas redes em defesa dos desenhos, afirmando que eles são um pedido urgente para os políticos agirem.
"A prova de que a Europa é cristã: os cristãos andam sobre a água e as crianças muçulmanas afundam", diz uma das charges da edição que chegou às bancas nesta segunda. O desenho mostra Jesus andando sobre as águas e o menino Aylan se afogando. A outra ilustração, na capa do semanário, traz a frase "tão perto do objetivo" e o desenho do menino Aylan morto na praia. Ao fundo, um outdoor com um palhaço semelhante ao do McDonald's, informa: "menus infantis, dois pelo preço de um".