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Casos de chikungunya crescem 318% em Mato Grosso
Já foram contabilizados 13.194 mil casos da doença e dois óbitos
Número de casos de chikungunya em Mato Grosso aumenta 318% e Ministério da Saúde alerta para a necessidade de intensificar as ações de prevenção ao mosquito Aedes aegypti na época de calor e chuvas. Os dados divulgados ontem contabilizam os registros de janeiro até 27 de outubro deste ano e totalizam 13.194 casos da doença e dois óbitos. Em 2017, no mesmo período, foram 3.154 ocorrências, sem óbitos.
Por outro lado, os casos de zika reduziram 72,5% e os da dengue em 23%. Os registros de chikungunya deixam o Estado entre as sete unidades federativas que com grande aumento, segundo o MS. A incidência de casos em Mato Grosso está muito alta, com uma taxa de 394,5 casos a cada 100 mil habitantes, à frente de estados como Rio de Janeiro (210,8 casos a cada 100 mil habitantes) e Pará (84 casos para a mesma taxa de habitantes). A média estadual é ainda 10 vezes superior à nacional, que ao contabilizar 80.940 registros, tem uma incidência de 39 casos a cada 100 mil habitantes.
Em relação ao Centro-Oeste, Mato Grosso tem o maior índice, concentrando 96,2% dos casos (13.194). Em segundo está Mato Grosso do Sul, com 261 casos, seguido de Goiás (194). O Distrito Federal tem 65 ocorrências.
A situação mato-grossense, conforme o coordenador do Programa Nacional do Controle da Dengue, Divino Valério, tem sido acompanhada pelo MS. “Há uma predominância momentânea do vírus chikungunya em Mato Grosso e por isso o alto índice dessa doença”, frisa. “Estamos acompanhando junto com a secretaria estadual e as de município, em especial Várzea Grande, todo o trabalho de intensificação ao controle dessa população de mosquito na cidade. Com isso estamos diminuindo o número de casos na região”, destaca Valério.
O quadro atual pode ser alterado por uma série de fatores, elenca Valério, como mudança climática com a chegada das chuvas, o número e variação dos depósitos dos ovos do mosquito, aumento de vetores e trânsito permanente de pessoas. Diante disso, o MS frisa que é importante intensificar agora a eliminação dos focos do mosquito para evitar surtos e epidemias.
“Com a chegada das chuvas e calor vem o período epidêmico no qual a população tem que tomar mais cuidado com a proliferação do vetor e o maior risco de transmissão das doenças”, reitera João Braz, coordenador nacional da Sala de Coordenação e Controle de dengue, zika e chikungunya.