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Aumenta matança de jacaré no Pantanal
A denúncia é do presidente do Sindicato de Guias de Turismo do Estado de Mato Grosso
A matança de jacarés continua na região da Transpantaneira no município de Poconé. Os animais estão sendo abatidos para retirada do rabo, parte considerada mais macia para consumo.
A denúncia é do presidente do Sindicato de Guias de Turismo do Estado de Mato Grosso, Hilson Cácio de Araújo, que está indignado com a situação dos animais, pois em alguns casos os caçadores não abatem os jacarés para arrancar o rabo. O animal é dilacerado vivo e depois muitos acabam morrendo. Várias carcaças já foram encontradas pela região.
“Estão praticando crueldade pura com os animais. Além disso, fica muito desagradável para o Estado, uma vez que muitos turistas nacionais e estrangeiros acabam presenciando as cenas de carcaças”, avalia.
Hilson encaminhou um ofício para a Secretaria de Segurança Pública de Mato Grosso (Sesp/MT), solicitando a reativação do posto policial do Km 15 da Estrada Parque Transpantaneira, pois está desativado há dois anos. Além disso, ele pediu que seja feita uma fiscalização por parte da policia civil, pois tem muitas pessoas trabalhando ilegalmente como guias turísticos.
A reportagem entrou em contato com a assessoria de imprensa da Sesp/MT e a mesma informou que já foi encaminhado o oficio para a Policia Judiciária Civil (PJC/MT) para tomar as devidas providências.
Hilson afirma que em certos questionamentos dos turistas acaba não sabendo o que responder, pois não sabe até que ponto a matança dos jacarés pode ganhar repercussão internacional. "Já procurei todos os órgãos responsáveis, agora espero que alguma providência seja tomada", apela.
A assessoria de imprensa da Sema informou que a fiscalização é feita constantemente nesta região e está em processo de contratação de um novo gerente para gerir o posto. Além disso, está buscando parcerias com órgãos públicos e privados de Poconé.
Penalidades
A Polícia Militar Ambiental (PMA) alerta que o abate de animais silvestres acarreta em multa de R$ 500 por animal, caso não seja de espécie em extinção e se for considerado extinto a multa é de R$ 5 mil. A detenção pode ser de seis meses a um ano.
Pela Lei 9.605/1998, "matar, perseguir, caçar, apanhar, utilizar espécimes da fauna silvestre, nativos ou em rota migratória, sem a devida permissão, licença ou autorização da autoridade competente, ou em desacordo com a obtida" é crime.