Jovem de Sorriso é encontrada morta em apartamento em Cuiabá
Assassino de criança é acusado de abusar sexualmente de detento
Vítima contou ao pastor da ala, que acionou os agentes penitenciários
O detento Edson Delfino, que estuprou e matou o menino Kaytto Guilherme do Nascimento Pinto, de 10 anos – caso de grande repercussão no Estado –, foi acusado de também estuprar um detento dentro da Penitenciária do Estado (PCE), no Bairro Pascoal Ramos, em Cuiabá.
O caso foi denunciado pela vítima no dia 28 de julho. Na ocasião, o detento registrou um boletim de ocorrência.
Segundo a Secretaria de Estado e Segurança Pública (Sesp), o estupro ocorreu na ala evangélica da PCE, durante a madrugada. Edson teria abordado a vítima dentro de sua cela, onde ambos dormiam.
No boletim de ocorrência, a vítima relata que dormia no chão e estava frio, quando Edson ofereceu que dormissem juntos.
Ele relatou que acordou com o detento passando a mão em suas nádegas e se masturbando em cima dele.
“Que após isso foi se deitar em baixo da ‘jega’ no colchão. Que Edson ficou lhe chamando para conversar, mas a vítima disse que só conversaria quando a cadeia estivesse aberta. Que então Edson lhe deixou quieto”, diz trecho do BO.
O detento esperou amanhecer e relatou o abuso sexual para o pastor da ala, que acionou os agentes penitenciários. A vítima foi conduzida para a Central de Flagrantes para o registro da ocorrência.
A Sesp informou que o assassino do menino Kaytto foi remanejado de cela.
Relembre o caso Kaytto
O crime contra o menino Kaytto aconteceu no dia 13 de abril de 2009 e só foi descoberto com a prisão de Edson Delfino, cinco dias depois, quando ele tentava fugir de Cuiabá para Campo Grande em um ônibus.
O assassinato se deu após Edson ter violentado sexualmente o garoto e este ter dito que iria contar o fato para o pai, Jorgemar Silva Pinto.
O assassino revelou que, assim que violentou o menino, pegou a cueca dele e, usando um pedaço de madeira, fez uma espécie de "torniquete" e o enforcou.
Durante o seu julgamento em 2010, ele assumiu a autoria do crime perante aos jurados, reafirmando todas as declarações dadas às autoridades policiais.
Ele contou poucos detalhes do acontecido no matagal, onde violentou e matou o menino, alegando que não conseguiria expressar e nem mesmo se lembrar do que aconteceu no local.