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Agronegócio aumenta exportação para compensar queda de preços
Casos de desvalorizações têm desestimulado as vendas tradicionais como as do complexo soja
A balança comercial brasileira registra saldos positivos desde março, acumulando superávit de US$ 4,59 bilhões de janeiro a julho, de acordo com o Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior.
A melhora de desempenho nos últimos meses decorre, em grande parte, do aumento das vendas de produtos agropecuários para compensar a queda de preços no exterior.
Nos sete primeiros meses de 2015, comparados ao mesmo período de 2014, registram-se casos de desvalorizações que chegaram a desestimular vendas tradicionais como as do complexo soja.
O Brasil embarcou 40,69 milhões de toneladas de soja em grão – 7,5% a mais que em igual período do ano passado –, mas a receita obtida, de US$ 15,73 bilhões, foi 18,4% menor, porque o preço médio diminuiu de US$ 509 para US$ 386 por tonelada.
Milho em grão teve expressivo aumento de 83,8% nas exportações, de modo a compensar a defasagem de -8,87% na média dos preços internacionais, que caíram de US$ 201,97 para US$ 184,06 por tonelada. A queda de preços também afetou a comercialização de carnes, que somaram US$ 8,4 bilhões no período, dos quais 49,3% correspondem a carne de frango e 38,1% a bovina.
As exportações de carne de frango cresceram 5,2% em quantidade. Entretanto, a retração no preço médio (de US$ 1.974 para US$ 1.731 por tonelada) resultou na redução de 7,7% na receita do produto.
A carne bovina teve queda de 21,4% na receita, que caiu de US$ 4,07 bilhões para US$ 3,20 bilhões, tanto por causa do preço, que baixou de US$ 4.611,19 para US$ 4.307,30 por tonelada, quanto pela redução de 17% nas vendas externas.